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 | Fotos: Arquivo/GRPCOM
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O que acontecia na época...

Divulgação

Era 1969 e Topo Gigio tocava o terror com a piazada no Canal 12. Sim, o simpático ratinho italiano já aprontava desde o início dos anos 60 e foi assim até muito tempo depois. Nos anos 80, Topo, ou Gigio, como queiram, ainda aprontava na tela da Bandeirantes. Nos cinemas, Easy Rider (Sem Destino, na tradução), fazia história como um clássico da contracultura, retratando a viagem de dois motoqueiros sinistros vividos por Peter Fonda e Dennis Hopper. De quebra, fez de "Born to be Wild", do Steppenwolf, um hino dos motoqueiros.

Coritiba e Internacional jogam hoje, às 16 horas, na Vila Capanema. O Coxa, finalmente, contará novamente com o Alex, retorno tão aguardado do meia quanto aquele do final do ano passado, quando o Beiço confirmou a saída da Turquia. Do lado de lá, D’Alessandro, outro camisa 10 de técnica refinada, sem contar a chamada "milonga argentina".

Promessa de um duelo trepidante que só o técnico Dunga pode estragar. É impressionante como o ex-volante parece odiar o futebol. Sempre de mal com a vida, ameaçando gandulas e soltando impropérios para os repórteres.

Não é de hoje que o confronto entre alviverdes e colorados causa comoção. Há 44 anos já era assim. Sim, o futebol não começou ontem, como parece crer essa turma vidrada nas transmissões da Liga dos Campeões. A rivalidade entre curitibanos e gaúchos vem da pré-história.

O encontro se deu pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o equivalente na época ao Campeonato Brasileiro. O Coxa garantiu participação com o título do Paranaense de 1968 – aquele do Atletiba do gol do Paulo Vecchio que, até hoje, tem atleticano lamentando a infelicidade do lance.

Até então, os dois times haviam se enfrentado quatro vezes, com duas vitórias para cada lado. O pega daquela noite, no então Belford Duarte, no Alto da Glória, seria a "negra". De quebra, os dois escretes vinham de vitória na primeira rodada do certame.

Bola rolando e os donos da casa não tiveram nem tempo de se acostumar com a ausência de Dirceu Krüger, contundido. Aos dois minutos, Canhoto cruzou e Valdomiro testou violentamente, vencendo Joel. Quem estava no estádio (eu não estava) diz que a visão do arqueiro foi prejudicada pela iluminação artificial, que não era das melhores.

Os colorados não estavam para a brincadeira e aumentaram. Desta vez, Claudiomiro foi o garçom, e serviu Didi que, após adentrar na área, fez o segundo gol: 2 a 0, placar final, derrota alviverde.

Alguns torcedores podem achar ruim. Abordar derrota, pra quê? Respeito os "místicos", aqueles que acham que pode dar "zica", ensejar péssimas vibrações. Mas, relaxem, no fim das contas, não há nada de mal em perder. Fortalece o caráter.

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