Até o ano de 1986, a Libertadores para o futebol paranaense era apenas aquele certame selvagem em que o voleio na nuca era liberado e os argentinos perpetravam as maiores barbaridades como se não houvesse amanhã. A participação do Coxa graças ao título brasileiro do ano anterior seria, finalmente, a chance de descobrirmos a América.
Oportunidade que, no entanto, parou na fase inicial. Da primeira passagem, restou ao Verdão vangloriar-se de ter viajado duas vezes para o Equador, algo que, convenhamos, pouquíssimas pessoas no mundo conseguirão na vida. No mais, foram seis pelejas, com duas vitórias, três empates e uma derrota.
No único triunfo em Curitiba diante de um oponente estrangeiro, os comandados de Jorge Vieira sapecaram 3 a 1 no Deportivo Quito. Àquela altura, o Alviverde detinha possibilidades diminutas de classificação e, assim, somente 678 torcedores compareceram ao Couto Pereira na noite invernal de 25 de julho para acompanhar uma equipe recheada de bancários o arqueiro Rafael, por exemplo, circulava com o seu visual transado pelo departamento médico.
Quem não se aventurou na ceroula perdeu uma jornada em que o ponteiro Geraldo esculhambou com o lateral Encalada. O primeiro tento, no entanto, foi equatoriano, anotado por Perez. O Coxa precisou ir para o vestiário (e degustar um choconhaque bem calibrado, quem sabe?) para esquentar e aprumar a virada.
No empate, Hélcio aproveitou cobrança de corner de Geraldo. O segundo e o terceiro ele mesmo assinou, num rebote do goleiro Lara e depois de assistência milimétrica de Tostão.
O que acontecia na época
Ronald Reagan (foto) presidia os Estados Unidos e "Guerra nas Estrelas" não era apenas aquele filme do George Lucas que até hoje faz muito marmanjo delirar por uma espada de sabre. Tratava-se também de um sistema de defesa proposto pelo líder americano, que evitaria possíveis ataques nucleares detonados pela União Soviética.
Em Curitiba, tudo era mais simples e as mães, com seus respectivos filhos, estavam mais preocupadas em aproveitar uma megaliquidação agendada pela Mesbla, na Rua XV.
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