Depois da convocação do time de Felipão e a correria das autoridades e dirigentes para concluir as arenas, aproximando-as o máximo possível do decantado "Padrão Fifa", parece que entramos no clima da Copa.

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A Copa está no ar, com slogans patrióticos e hinos de motivação no rádio e na televisão, páginas inteiras nos jornais destacando a união da torcida brasileira na hora da verdade, pois o treinador, os jogadores e mesmo observadores menos atentos já perceberam que o diferencial a favor da seleção será mesmo a força do público nos estádios.

Pelas circunstâncias exaustivamente examinadas pela mídia o que temos é isso aí e não adianta chorar. O goleiro será o discutível Júlio César; os reservas da zaga são irregulares; o meio de campo é o ponto alto e o ataque conta apenas com Neymar para desequilibrar de verdade. O apoio da torcida será mesmo fundamental.

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Mas a Copa também está no ar por outros motivos, tão nobres quanto os esportivos e de alta indagação para a população em geral. É evidente que o Mundial torna-se irrelevante quando se levam em conta as necessidades de infraestrutura do país, razão pela qual pouco importa se as obras de mobilidade urbana estarão prontas antes ou depois do torneio. O importante é que sejam finalizadas no prazo mais curto possível e que sirvam adequadamente ao povo em seu duro cotidiano.

O estrago já foi feito, como destacou o capitão do penta Cafu em entrevista à ESPN, com a temerária decisão do ex-presidente Lula de ampliar para 12, quando 8 cidades-sede bastariam para os jogos. Exclusivamente por interesses políticos, sem qualquer preocupação com os custos elevados e a destinação de verbas imprescindíveis para o bem-estar da sociedade na construção de elefantes brancos em Brasília, Manaus, Cuiabá e Natal, centros sem tradição futebolística. A aventura da Copa no Brasil está mostrando ao mundo que concluir obras no prazo e evitar desperdício de dinheiro público definitivamente não é o forte dos nossos governantes.

Com a presença da presidente Dilma Rousseff finalmente a Arena da Baixada será "inaugurada", cuja obra se tornou verdadeiro novelo de gestão confusa.

Rodada

Depois de jogar com os times reservas do Grêmio e do Cruzeiro e com o Vitória abalado com a eliminação pelo J. Malucelli, o Atlético enfrentará o primeiro adversário inteiro e completo, o Internacional, no Beira-Rio. Quem acertar a escalação do Furacão ganha um doce de coco antes de começar o amistoso de quarta-feira com o Corinthians.

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Desta vez não haverá justificativa para Celso Roth e os jogadores se o Coritiba deixar de cravar a primeira vitória, sobre o Sport, no Alto da Glória.

Pela Série B, o Paraná visitará o Ceará, esperando-se que sem privadas voadoras no moderno Castelão.

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