A CBF desperdiçou o trabalho desenvolvido por Mano Menezes e, por questões políticas que caracterizam a mediocridade da cartolagem nacional, colocou o veterano Felipão no comando.

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Não se discute a capacidade de um ou de outro. Ambos têm virtudes e defeitos, como acontece com Tite, Muricy, Luxemburgo e outros lembrados para dirigir a seleção. Cada profissional possui as suas idiossincrasias, pensa futebol de um jeito e tem preferências por determinados jogadores.

Como o time vai de Felipão é natural que se observe maior sustentação defensiva, marcação mais rigorosa e a escalação de um avante de ofício. As escolhas foram feitas, o time definido e o sistema de jogo desenhado.

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As últimas experiências táticas e técnicas serão realizadas durante a Copa das Confederações e a hora para errar é essa. O torneio é a antessala da Copa do Mundo e serve de ensaio geral para os novos estádios, as obras de infraestrutura, a segurança pública, a mobilidade e, é claro, para os jogadores convocados.

O Brasil ficou no grupo mais forte, tendo como adversários o Japão, amanhã, no Mané Garrincha; o México e a Itália. A Espanha, a outra favorita ao título, vai pegar o combalido Uruguai, o inexpressivo Taiti e a irrequieta Nigéria.

O técnico Vicente Del Bosque afirmou que a Fúria, campeã de quase tudo nos últimos anos vive seu melhor momento. A equipe conquistou dois títulos da Eurocopa e um da Copa do Mundo, algo nunca conquistado por outra seleção. O único senão foi a decepcionante campanha na Copa das Confederações de 2009, quando caiu na semifinal diante dos Estados Unidos – o Brasil foi o campeão.

Primeira seleção a se classificar para 2014, a seleção do Japão se "europeizou", pois oito jogadores atuam em clubes da Europa e o treinador é o italiano Alberto Zaccheroni; o México vem crescendo muito, graças à grande organização que possui, à alta rentabilidade dos seus campeonatos e tem em Javier "Chicarito" Hernández, do Manchester United o seu principal jogador; a Itália renovou-se com Cesare Prandelli, apresenta sólido esquema tático no qual privilegia a marcação cerrada sem perder de vista o gol adversário contando com a categoria de Pirlo e o oportunismo dos atacantes Balotelli e El Shaarawy, conhecido como "Il Faraone" – o Faraó – devido à origem egípcia. Nem o inesperado empate com o simplório Haiti reduziu o otimismo da Azzurra.

Com Neymar vivendo mais como popstar do que como atacante decisivo, a seleção brasileira procura novos caminhos através de Paulinho, Oscar, Lucas, Fred e Hulk. Não deixa de ser interessante o fato de Felipão procurar montar uma base sólida, dando mais importância à força coletiva do que às individualidades que praticamente se reduziram a Neymar, que não marca gols há um bom tempo e muito menos tem apresentado futebol satisfatório.

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