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A barbárie perpetrada por centenas de torcedores do Coritiba invadiu o noticiário e colocou em segundo plano a queda do time.

Como a violência não é exclusividade do Coritiba ou de Curitiba, mas do país – tanto que na comemoração do título do Flamengo houve graves problemas no Maracanã, agressões, quebradeira em bares no Baixo Gávea e, tristemente, o assassinato de dois torcedores –, tratemos apenas de futebol.

O futuro do Coxa está intimamente ligado ao passado recentíssimo, começando pela interdição do estádio, as pesadas punições que sofrerá pelas lamentáveis ocorrências, dentre as quais invasão de campo, agressão ao quarteto de árbitros, agressão ao time adversário e o envolvimento de funcionários do clube na confusão generalizada.

A diretoria do Coritiba cometeu muitos erros no ano do centenário, inclusive com o cancelamento de shows e outros problemas relacionados à má organização do evento. Agora esta atrás de um novo presidente, o qual terá a responsabilidade de juntar os cacos para tentar recuperar o clube e o time.

O time demonstrou sinais de fadiga emocional com acentuada queda de rendimento nas últimas partidas que acabaram determinando a queda. A responsabilidade é do departamento de futebol, que perdeu o poder de motivar os jogadores, e do técnico Ney Franco, que, pelas sucessivas mudanças, acabou embaralhando as coisas ao ponto de o time mostrar-se inofensivo logo na partida decisiva com o Fluminense, entregando-se em pleno Alto da Glória.

Há muito trabalho pela frente e a presença de um presidente determinado, carismático e competente será fundamental para a reconstrução do gigante centenário, momentaneamente abalado.

O outro lado

Com a permanência do Paraná na Segunda Divisão, restou apenas o Atlético como nosso representante na elite do futebol brasileiro.

Será uma oportunidade única para o Furacão decolar em busca de um futuro de maior sucesso no futebol. Depois de tantas conquistas, o time atleticano entrou em colapso nas últimas temporadas e só tem jogado para não cair.

Isso é muito pouco para quem possui estrutura tão admirada, tanto no CT do Caju quanto na Arena da Baixada.

Sem esquecer que o Atlético foi apontado pela consultoria financeira Crowe Horwath como o quinto clube brasileiro que mais arrecadou com vendas e empréstimos de jogadores para o exterior.

Com tudo isso, já passou da hora de os dirigentes demonstrarem capacidade na formação de um elenco mais forte e uma equipe bem mais competitiva. Mas, para que isso aconteça, será necessária a mudança de mentalidade: em vez de contratar quantidades enormes de jogadores medianos, a aquisição de jogadores que empolguem o torcedor e resolvam de verdade.

A propósito, Borges está deixando o São Paulo e resolveria o crônico problema do ataque rubro-negro.

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