Ao mesmo tempo em que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira teria jogado nas costas do ex-sogro e ex-presidente da Fifa, João Havelange, a responsabilidade pelo esquema de pagamentos de propinas na Suíça pela empresa ISL, o ex-jogador e atual deputado Romário conquistou a simpatia de todos através de seus posicionamentos, bem explicados na reportagem das páginas amarelas da última edição da revista Veja.
Ou seja, a população esgotou a paciência com a crise moral e ética que tomou conta de forma avassaladora da política com reflexos diretos em todos os setores da atividade nacional, inclusive o futebol. Como estamos nos preparando para patrocinar a próxima Copa do Mundo e os próximos Jogos Olímpicos, é muito natural que haja pronta fiscalização e cuidados especiais no trato do dinheiro público investido em obras de toda espécie.
Diante do turbilhão de denúncias de corrupção e de desvios de comportamento, a sociedade brasileira sente-se cercada por verdadeiros piratas que parecem tentar tomar conta do país na mão grande.
O grupo de deliquentes, infiltrado na política, na administração pública e no esporte, perdeu o medo e desafia a própria lei.
Eles só se curvam diante da mídia que, mal comparando, está exercendo o papel da guilhotina durante a Revolução Francesa. Eles têm mais receio do escracho dos seus escândalos nas rádios, jornais, televisões e modernas plataformas de comunicação social, do que nos processos judiciais, durante os quais ganham tempo através de inúmeros recursos, em diversas instâncias, contando com a arte e o saber jurídico de advogados experientes que conhecem todos os caminhos dos tribunais. Sem esquecer, é claro, das chicanas jurídicas.
Sendo assim, a moral e a ética não fazem parte do cardápio diário dessa gente.
A moral é eminentemente prática, enquanto a ética é o conjunto de valores que a pessoa adquire desde o berço para um comportamento correto pelo resto da vida. Quem tem, tem, quem não tem não vai conseguir comprar em supermercado.
Entendidos nesta parte, vamos aos fatos: o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba precisam ajustar os ponteiros com o Clube Atlético Paranaense para o andamento normal do grande empreendimento.
Já passou da hora de o governador, o prefeito e o presidente do clube que constrói o estádio, para que a nossa capital receba jogos da Copa do Mundo, conversem em alto nível e sejam absolutamente transparentes quanto às negociações e, sobretudo, onde começa e onde termina a entrada de dinheiro público nas obras da Arena da Baixada.
A população cansou de ouvir historinhas, versões e promessas de maiores esclarecimentos no devido tempo.
O tempo esgotou e todos estão ansiosos para saber a realidade dos fatos envolvendo o interesse público e privado. Basta um amplo esclarecimento, simples assim.
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