Atlético e Paraná voltam a jogar pela Copa do Brasil. Antes, porém, voltemos ao Atletiba e as suas tradicionais repercussões. Ainda mais quando o árbitro cometeu equívocos, deixou o pau comer em campo por causa de um estranho critério de não usar cartões no clássico decisivo e depois do jogo foi à televisão estatal se defender para quem não sabe ele é o atual secretário de Esportes do estado.
A não utilização dos cartões foi um risco que ele correu, deixando que os zagueiros se servissem à vontade contra os atacantes. Só por isso, a arbitragem do senhor Evandro Rogério Roman deveria merecer censura por parte do departamento dirigido pelo ex-juiz Afonso Vítor de Oliveira que, lamentavelmente, não realiza trabalho eficiente, tanto que existem diversos cursinhos para novos apitadores, com dezenas de alunos, mas, pelo baixo nível do ensino, ou dos candidatos, reduziu-se a praticamente a zero a renovação do quadro principal.
Nos lances dos pênaltis, a bola que bateu no braço do zagueiro Bruno Costa, do Atlético, foi entendida como bola na mão, portanto sem a intenção de interceptar a trajetória da bola. Interpretou o árbitro que ao recuar o braço o jogador mostrou que não pretendia cometer a infração, tornando o lance discutível. Mas na alavanca do ala Lucas Mendes, do Coritiba, em Zezinho a caracterização da falta foi unânime.
Concordo que a reação dos dirigentes atleticanos foi radical, afinal o time não deixou de ganhar o clássico no estadual, após quatro anos de freguesia de caderno, apenas pelas incidências do apito. É preciso reconhecer as limitações da equipe, que não teve capacidade de fazer o placar no duelo com o Cruzeiro, aumentando a dificuldade do desafio desta noite em Minas Gerais, e não teve capacidade de se impor ao Coritiba, que realizou uma apresentação modesta, usando apenas o entrosamento e o grande equilíbrio do sistema de jogo adotado pelo técnico Marcelo Oliveira.
Foi infeliz o técnico Juan Carrasco ao recuar o time para tentar segurar o resultado, pois cedeu espaço e permitiu que, mesmo sem estar em jornada inspirada, o Coxa alcançasse o empate e levasse a vantagem da decisão para o Alto da Glória. Foi infeliz, também, nas substituições, já que Renan Teixeira não acrescentou nada e Ligüera, mesmo cansado, apresentava melhores condições físicas do que Paulo Baier, que se arrastou em campo até o apito final.
A vida segue e futebol continua sendo jogado, com partidas ganhas e perdidas em campo e não se pode, eternamente, transferir aos árbitros a responsabilidade pelos fracassos e perdas de títulos. Resta a dupla Atlético-Paraná tentar a marcação de gols, pois cada gol fora de casa tem o peso dobrado pelo regulamento da Copa do Brasil. Mais difícil será a missão da Gralha Azul, afinal o Furacão venceu e joga pelo empate com o Cruzeiro.
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