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Nas conversas para tentar recuperar o futebol brasileiro foi revivida a sugestão da volta do mata-mata no regulamento do principal campeonato.

A própria Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, admite que no tempo do mata-mata a audiência só aumentava na fase decisiva, no último mês do ano. Com os pontos corridos todas as partidas passaram a ser interessantes e, ultimamente, a audiência caiu não por causa da fórmula, mas pela impressionante queda técnica da maioria dos confrontos.

O que anda faltando mesmo é trabalho mais competente na base, onde escassearam os craques e jogadores de categoria técnica para as funções no meio de campo – onde estão os novos Rivaldo, Kaká, Ricardinho, Juninho Pernambucano, Zé Roberto e tantos outros meias armadores criativos? –, atualização dos treinadores de maneira geral e o surgimento de nova safra de bons jogadores.

As armadilhas do mata-mata continuam fazendo as suas vítimas na Copa do Brasil, da qual já foram defenestrados Fluminense, São Paulo e Internacional.

A crise técnica é tão aguda que o até outro dia intocável Muricy Ramalho começou a ser criticado pela mídia e contestado dentro do próprio Morumbi.

Paraná

A torcida do Paraná mal pôde festejar a saída da zona do rebaixamento para receber o impacto de nova ameaça de greve dos jogadores e funcionários por causa dos salários atrasados. Lamentável sob todos os aspectos, o drama do Paraná começou com o acesso de empresários na gestão do futebol do clube e o pontapé inicial foi dado na transferência da revelação Thiago Neves, que até hoje rola na justiça.

Aí reside um dos grandes nós que os cartolas não sabem ou não querem desatar nos debates em torno das reformas estruturais do futebol brasileiro. Deveriam ser extintos os direitos econômicos sobre os atletas, remanescendo os direitos federativos, que teriam, também, efeitos econômicos. Desse modo, seria eliminado o que hoje faz a fortuna dos empresários e investidores e a ruína dos clubes.

Atletiba

A dupla volta ao campo com o Coritiba recebendo o Flamengo na inglória disputa para fugir da lanterna e o Atlético visitando o Sport. Pelo indicativo dos últimos jogos, em que fortaleceu o sistema de defesa e recheou o meio de campo, Celso Roth vai tentar surpreender o Flamengo na base da pegada mais forte que intimidou o Fluminense.

Achei exagerado o otimismo de Doriva em relação ao desempenho da equipe na difícil vitória sobre o Botafogo, especialmente porque Marcelo foi mal explorado e não se justificou a ausência do principal artilheiro, Douglas Coutinho. Sem esquecer, é claro, de que a defesa continua vulnerável e chamando o gol a cada ataque do time adversário.

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