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O Coritiba levou 100 anos para decidir um título nacional no Alto da Glória e, mesmo tecnicamente superior e respaldado por excelente campanha nas fases preliminares do torneio, perdeu a Copa do Brasil pela indecisão do técnico Marcelo Oliveira, que preferiu a cautela em vez de partir para cima do indeciso Vasco. Como havia perdido em São Januário ao sofrer o primeiro gol no jogo de volta em casa, o torcedor coxa-branca co­­meçou a ver ruir o sonho da con­­quista da vaga na Liber­­tadores.

A lição, talvez aprendida, parece não ter sido bem absorvida, especialmente porque o técnico continua optando pela prudência nas partidas fora e com isso a equipe não consegue deslanchar no campeonato. O em­pate com o frágil Bahia deve ser depositado na conta dos maus resultados, afinal o Coxa foi amplamente superior e só faltou a marcação do gol para chegar ao primeiro triunfo como visitante.

Logo mais, para o confronto com o São Paulo do confuso Adilson Batista, a torcida espera que seja mantida a postura caseira de artilharia pesada sobre todos os adversários.

Mesmo desfalcado de Leandro Donizete e Tcheco, William e Léo Gago responderão pelas tarefas da meia-cancha, cabendo aos atacantes a definição em cima da irregular defesa adversária.

Marcos Aurélio, que teve razão ao reclamar da substituição domingo, afinal ele é um dia e meio superior a todos os demais atacantes do elenco, precisa aproveitar o panorama favorável para sobressair-se e garantir mais três pontos na sacola, ainda mais em cima de um São Paulo que se apresenta perigoso apenas nos contra-ataques.

A Copa de Petraglia

O profundo desgaste sofrido pela atual diretoria do Atlé­­tico diante da escabrosa campanha do time de futebol nesta temporada e, após dois anos, sem um projeto competente para adequar a conclusão do Estádio Joaquim Amé­­rico dentro das absurdas exigências do novo caderno de encargos da Fifa, levaram o Conselho Deli­­be­­­­rativo a não só aprovar o plano de Mario Celso Petraglia como a carregá-lo em triunfo, de novo, na figura de o salvador da pátria rubro-negra.

Com o cacife de idealizador e construtor do novo Atlé­­tico – esse que a torcida pas­­sou a admirar após a inauguração do CT do Caju e da Arena da Baixada –, o ex-presidente convenceu os conselheiros de que possui a excelsitude para viabilizar as obras ne­­ces­­sárias para a Copa do Mundo.

É importante destacar que o polemico ex-presidente possui know-how sobre o assunto, afinal se não fosse ele, a cidade de Curitiba jamais teria entrado na lista das sedes escolhidas diante do desinteresse político local, ao ponto de o presidente da CBF nem sequer ter sido recebido pelo governador do estado na época.

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