Se o Coritiba tivesse jogado com a confiança e a disposição demonstradas nos últimos 20 minutos da partida de ontem, muito provavelmente teria saído com melhor sorte do Maracanã. Faltou aquele ardor do jogo frente ao Corinthians no Itaquerão ou mesmo na difícil vitória sobre o Fluminense, no Alto da Glória. Entretanto, o time coxa-branca foi apático na etapa inicial e permitiu que o Flamengo abrisse 2 a 0 no placar, que só não aumentou graças ao pênalti mal cobrado pelo zagueiro Chicão, que Vanderlei defendeu sem maiores dificuldades. Everton foi o personagem nos dois gols cariocas, com um corta-luz no primeiro e a conclusão no segundo.

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Na etapa final o Coxa passou a acreditar efetivamente em suas possibilidades, após a penalidade máxima desperdiçada pelo rival e pressionou intensamente, chegando aos gols de Joel, mas sofrendo o terceiro em contra-ataque. A atitude tardia da equipe de Marquinhos Santos serviu para ameaçar seriamente o adversário, que escapou por pouco de ceder o empate, deixando o treinador Vanderlei Luxemburgo prostrado no banco de reservas diante da pressão sofrida nos instantes finais. A vitória afastou o Flamengo da ZR, mas manteve o Coritiba na confusão, como diz Luxa.

Sem proposta

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Chama a atenção o fato de a nova Arena da Baixada ainda não ter lotado nenhuma vez em jogos do Atlético desde que foi inaugurada. Nem mesmo nos jogos com Corinthians e Flamengo, donos das maiores torcidas do país. A explicação para o desinteresse da fervorosa e fiel torcida atleticana só pode ser a falta de proposta clara do departamento de futebol. Ou, por outra, a falta de craques, a ausência de ídolos, a irregularidade técnica e a tumultuada comunicação do clube com o público diante da desconexão com os veículos de divulgação de massa nos últimos anos.

Com tantas carências no elenco e a falta de títulos há muitos anos, o torcedor não se comoveu com a beleza e o conforto do novo estádio e diminuiu o ímpeto nas últimas temporadas. Como passou quase três anos jogando fora de casa e não preparou um time à altura e com proposta ambiciosa no retorno, o Furacão necessita mudar a política do futebol para arregimentar maior número de sócios e voltar a ser uma paixão popular com a Arena da Baixada cheia.

A partida de ontem refletiu a síntese de tudo isso com uma equipe sem brilho, talvez acomodada por ter fugido do rebaixamento, e que se curvou diante de um Sport tecnicamente limitado, mas jogando com objetivo.

Nem mesmo a chance do gol de empate por meio do pênalti mal batido pelo atacante Cléo salvou o Atlético de uma atuação decepcionante.

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