O clássico Atletiba está programado para sábado, vejam só, para sábado, quando todo grande clássico devia ser programado sempre para domingo. Mas, como os clubes venderam a alma para a televisão, não há do que reclamar.
O nosso principal jogo ainda consegue manter certo hálito epopeico, minimizado pela fragilidade técnica das equipes e, sobretudo, pela falta de ambição dos dirigentes.
Os administradores do futebol paranaense pensam pequeno e se contentam com migalhas, ao contrário dos gaúchos, por exemplo estado com a mesma população, a mesma renda e o mesmo PIB , que conquistaram diversos títulos nacionais e internacionais. Aqui, as exceções servem apenas para justificar a regra.
A pequenez é tão notável que promoveram um Campeonato Paranaense com dois turnos corridos, aumentando significativamente os prejuízos financeiros e o desgaste dos maiores times. O Coritiba, ao mesmo tempo em que aproveitou a mediocridade dos concorrentes e emendou fantástica série de vitórias consecutivas, chegou à metade do ano com incríveis 50 partidas realizadas. Não existem pulmões e pernas suficientes para tanto jogo.
E, da mesma forma que idealizam campeonatos arrastados para os padrões estaduais, as "cabeças pensantes" da Federação Paranaense de Futebol ainda não aprenderam a redigir um regulamento enxuto e juridicamente perfeito. Sempre aparece alguma coisa errada, como essa de o Toledo ter de perder para ganhar. Vá entender.
Voltemos aos times que seguem o lema de não cair. Livres do primeiro obstáculo, como é o caso do Coritiba, que foi rebaixado duas vezes nos últimos anos, começam a sonhar com a Sul-Americana e, é claro, com a Libertadores, o maior objeto de desejo. Daí, quando chegam na Sul-Americana, escalam as formações reservas porque continuam às voltas contra o rebaixamento. Qualquer semelhança com o Atlético no jogo desta noite com o Flamengo não é mera coincidência. É a confirmação da regra.
Falta arrojo, espírito empreendedor e, sobretudo, visão estratégica para o nosso futebol.
Construir patrimônio é importante, mas formar times competitivos é fundamental para a projeção de um grande clube.
De nada adianta ter um belo centro de treinamentos ou um estádio com o padrão da Fifa se não conseguir colocar em campo uma equipe com bom goleiro, zagueiros seguros, armadores criativos e atacantes que saibam marcar gols.
A má campanha desenvolvida pelo Atlético e os altos e baixos do Coritiba no campeonato em andamento ajudaram a diminuir o tamanho do próximo clássico.
Não se observa na cidade aquele clima de Atletiba, pois os torcedores estão desconfiados e, dependendo do caso, angustiados com o comportamento técnico da dupla.
Por isso, o Atletiba de sábado parece que ficou menor.
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