Sempre que time de grande torcida sofre rebaixamento de divisão verifica-se a união de todos para a sua recuperação. Os exemplos são muitos e mostram que os times retornam à Série A fortalecidos, crescendo na divisão principal, conquistando títulos importantes e proporcionando alegria aos seus torcedores. Servem como exemplo a ser seguido na volta à elite os trabalhos desenvolvidos por Corinthians, Vasco e Coritiba.
Mas um caso clássico de amor sem correspondência é o do Santa Cruz, do Recife, que foi caindo até chegar à Série D. Subiu neste ano batendo recordes de público no estádio do Mundão do Arruda. O time é empurrado pela torcida que canta com especial carinho o trecho do hino segundo o qual "esta multidão tamanha, gente pobre que te aclama, lembra o ouro que se apanha, nos cascalhos e na lama".
Trata-se de arrebatadora paixão de um povo humilde que se tornou fanático pelas cores do Santa Cruz.
Em vez de tentar promover a união de todas as correntes políticas diante da dor do rebaixamento e da responsabilidade assumida para a entrega da Arena da Baixada pronta para a Copa do Mundo, o Atlético está dividido e o Caldeirão ferve cada vez mais.
Pouco importa quem vença a eleição no dia 15, pois seja quem for terá muitos problemas pela frente, a começar por encarar ferrenha oposição que se tornará implacável nas cobranças e na fiscalização.
Teme-se pelo elevado custo da obra desnecessária para grande parte da torcida atleticana, que prefere um estádio menos requintado e sem que o clube assuma grandes dívidas e pelo fato de a equipe ter de jogar fora de casa nas duas próximas temporadas.
Discutem-se questões jurídicas do próprio estatuto do clube em relação a alguns membros escolhidos para a comissão de obras lançados candidatos na chapa "oposição-situação". Alegam os advogados da chapa "situação-oposição" que eles seriam fiscais deles mesmos.
E o Caldeirão ferve um pouco mais.
Teme-se pelo pouco tempo que a nova diretoria terá para a completa reformulação do departamento de futebol profissional, verdadeiro desastre do clube nos últimos anos, com a honrosa exceção do celebrado quinto lugar no Campeonato Brasileiro de 2010.
Com a responsabilidade de tentar evitar um novo tri estadual do Coritiba, de tentar realizar uma campanha decente na Copa do Brasil e, sobretudo, voltar à Série A, muita coisa precisa ser feita para recuperar o futebol rubro-negro.
A torcida clama por transformações radicais, como a dispensa de todos os gringos e os jogadores veteranos contratados, inclusive Paulo Baier, que, para muitos, poderia ser aproveitado em outras funções, como ensinar os garotos a cobrar faltas, pênaltis e escanteios.
Enquanto o Atlético necessita de uma injeção de ânimo e um time verdadeiramente competitivo, o Caldeirão político continua fervendo.
Alcolumbre e Motta assumem comando do Congresso com discurso alinhado a antecessores
Hugo Motta defende que emendas recuperam autonomia do Parlamento contra “toma lá, dá cá” do governo
Testamos o viés do DeepSeek e de outras seis IAs com as mesmas perguntas; veja respostas
Cumprir meta fiscal não basta para baixar os juros
Deixe sua opinião