Antes de qualquer tipo de análise sobre a primeira partida decisiva do campeonato, é imperativo destacar o fato de o Coritiba estar jogando com a sua formação principal, portanto com a sua força máxima para a temporada, e o Atlético com uma equipe sub-23, apenas para cumprir as formalidades estatutárias da Federação, que obriga os seus filiados a participar das competições por ela organizadas.
Claro que não estou aprovando a decisão da diretoria do Atlético, pois parto do princípio que, a partir do instante em que concordou com os termos do regulamento e aceitou tomar parte, deveria levar a disputa a sério, em respeito aos seus torcedores, aos adversários e ao público em geral.
Porém, como é permitido o clube colocar em campo a escalação que bem entender, desde que os jogadores estejam devidamente registrados, a campanha dos jovens atleticanos durante o returno e no jogo final de ontem serviram para autenticá-lo como o campeão moral da temporada. Ou, por outra: mesmo que não consigam vencer domingo e assistam a comemoração do tetracampeonato do Coritiba, os garotos sub-23 devem ter em mente que cumpriram a missão e abriram novas perspectivas em suas carreiras como profissionais do futebol.
Impactante é uma palavra que não existe nos dicionários, mas foi impactante a repetição da má atuação do time principal do Coritiba, salvo de nova derrota nos instantes finais através do gol de Geraldo, que acabara de entrar em campo. Com perdão dos ilustres cultores da nossa língua, a última flor do Lácio, inculta e bela, os dicionários estão atrasados, já que se tornou impactante o mico preto que o Coxa está pagando nesta reta final do campeonato.
O próprio craque Alex, com sua proverbial sinceridade, admitiu a sua péssima atuação e a salvação pelo gol que garantiu o empate e, de certa forma, abriu as portas da conquista alviverde no próximo domingo no Alto da Glória. Rafinha colocou a culpa pela má apresentação no estado precário do gramado. Ruim, como se sabe, para os dois lados.
Os principais derrotados no primeiro Atletiba decisivo foram os treinadores Marquinhos Santos e Arthur Bernardes. O primeiro, por não ter conseguido dar padrão de jogo à equipe mesmo após duas dezenas de jogos no ano e ter demorado para mexer na escalação durante o clássico de ontem; o segundo, por ter mexido na hora errada, propiciando a oportunidade do gol de empate ao adversário.
Finalmente uma nova arbitragem competente, o que não é pouco em se tratando do pobre futebol paranaense, do senhor Edivaldo Elias da Silva.
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