Coxa detonou

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Campeão do turno, invicto e por antecipação, o Coritiba soube tirar proveito das primárias deficiências defensivas do Atlético e liquidou a partida em apenas 8 minutos.

Dos 17 aos 25 minutos de jogo o Coxa detonou o Furacão com três gols que abalaram o velho rival.

Mal escalado pelo técnico Leandro Niehues, que não teve a humildade de reconhecer a absoluta superioridade tática e técnica do adversário e nem sabedoria para compor o sistema de defesa, o Atlético foi completamente envolvido pela organização tática e pela variedade de jogadas ensaiadas da equipe de Marcelo Oliveira.

Com dois zagueiros sem proteção, pois Fransérgio não justificou mais uma vez a sua escalação, tendo falhado em três dos quatro gols sofridos, e apenas Vitor para a marcação, o meio de campo atleticano ficou oco naquele setor. O time coxa-branca tomou conta do pedaço e vazou à partir da liderança e do exuberante posicionamento de Leandro Donizete, bem coadjuvado por Leo Gago, Rafinha e, sobretudo, Marcos Aurélio em tarde de rara inspiração ao participar com intensidade das principais armações ofensivas com Bill e Davi.

Ao contrário, com a segunda pior defesa do campeonato, o Atlético mostrou-se desordenado na retaguarda, sem nenhum planejamento estratégico na meia-cancha e com atuações individuais pífias de Paulo Baier, Madson e, principalmente, Lucas. Apenas Nieto apresentou-se bem, correndo, lutando e marcando dois gols em cima da lentidão dos zagueiros Pereira e Emerson.

Melhor em tudo, o Coxa ameaçou aplicar uma goleada histórica, mas ao sofrer o segundo gol baixou a rotação e levou alguns minutos para recompor-se. Naquele mo­­mento, se o técnico Niehues tivesse aproveitado o intervalo para reorganizar a defesa, com a entrada do volante Alê no lugar de Fransérgio e a entrada de Kléberson no lugar de Lucas, talvez o rubro-negro conseguisse emparelhar as coisas.

Mas quem acabou entrando foi Guerrón, completamente desorientado taticamente e nervoso, sendo expulso por agressão em poucos minutos.

Leandro Donizete logo retomou as rédeas do jogo e a entrada de Marcos Paulo foi providencial para encorpar o setor, porém Marcos Aurélio não gostou de ser substituído já que estava inteiraço no clássico.

No plano individual o atacante Davi merece um capitulo a parte, pois além dos dois gols assinalados, levou nítida vantagem sobre os marcadores, movimentou-se com inteligência, confundindo os adversários e abrindo espaços importantes para o constante perigo de gol contra a meta do goleiro Sílvio. Heber Roberto Lopes, discreto, deu um show de arbitragem.