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A trama é sensacional e a relação dos personagens é longuíssima. Quando escrevemos a história do clássico, os times encontravam-se enterrados na Segunda Divisão nacional e apenas batiam palmas para o novato Paraná que surgia como força arrebatadora.

Atletiba, a paixão das multidões foi o maior sucesso literário de Curitiba em todos os tempos, com mais de 1.200 livros vendidos somente na noite de autógrafos, no antigo e aprazível Bar do Pasquale, no Passeio Público.

Vinicius Coelho e eu pesquisamos todos os detalhes de Coritiba e Atlético através dos tempos, concluindo um enredo apaixonante, com personagens ricos e absolutamente arrebatadores.

Pessoas, fatos, festa e drama enriqueceram a longa tradição do maior clássico do futebol paranaense.

Quando se fala do passado recente ou, por falta de assunto, do passado mais remoto, as divergências e discussões ficam mais acesas. E intermináveis. O verdadeiro fanatismo dos torcedores é coisa do passado, pois foi do amadorismo até o começo do profissionalismo que se verificou a autêntica rivalidade do Atletiba. Desde o surgimento das agressivas torcidas organizadas e com a mercantilização do futebol, rarearam os ídolos, escassearam os craques e a violência passou a imperar nas ruas da cidade em dias de clássico. Uma lástima.

Mas, apesar de ter perdido o charme do passado, o Atletiba é um jogo que não se banalizou. Antes, pelo contrário, ainda mantém uma certa aura de mistério que provoca o sentimento dos torcedores desorganizados que se locomovem aos estádios vestindo, garbosamente, as camisas rubro-negras e alviverdes.

Há muito tempo deixou de ser aquela festa, dos tempos em que a arquibancada do Alto da Glória era, salomonicamente, dividida ao meio, respeitando-se o público pagante das duas equipes.

Hoje em dia, é praticamente jogo de torcida única, com a plateia visitante sendo jogada num canto qualquer. Uma tristeza.

Restaram as memórias dos grandes Atletibas que marcaram época, das goleadas homéricas, das eletrizantes decisões e, sobretudo, dos craques que honraram as camisetas de Atlético e Coritiba.

De Caju, Jackson, Cireno, Tocafundo, Odilon, Taíco e Walter, passando por Bellini, Djalma Santos, Sicupira, Zé Ro­­berto, Nilson, Assis, Washing­­ton, Oseas, Ricardo Pinto, Flávio, Paulo Miranda, Kelly, Adriano, Kléberson, Warley, Alex Mineiro, Kléber, Ilan, Dagoberto até Manoel, Paulo Baier, Lucas e Madson, o Furacão fez história.

De Ari, Pizzato, Pizzatinho, Fedato, Hamilton, Miltinho e Duílio, passando por Célio, Kruger, Joel, Kosilek, Jairo, Oberdan, Cláudio, Nilo, Hidalgo, Dreyer, Leocádio, Tião Abatia, Zé Roberto, Dirceu, Aladim, Manga, Pedro Rocha, Luis Freire, Freitas, Mazzaropi, Rafael, Lela, Tostão, Alex, Keirrison, Rafinha até Édson Bastos, Pereira, Leandro Donizete e Marcos Aurélio, o Coxa fez história.

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