Nem mesmo o aguardado retorno do atacante Rafinha devolveu ao Coritiba o bom futebol. Antes, pelo contrário, o time safou-se de enroscar no Cianorte graças ao aguerrimento e ao esforço dos seus jogadores que, na raça, superaram graves deficiências técnicas no conjunto.
A partida foi equilibrada até o instante em que o Cianorte, muito bem armado no plano tático, ficou sem dois jogadores e não suportou a pressão coxa-branca. O gol da vitória saiu por meio de uma falta bem executada por Tcheco que Roberto desviou de leve. O terceiro gol foi consequência natural do desmoronamento da brava equipe interiorana que jogou de igual para igual enquanto teve o mesmo número de jogadores em campo.
Faltou melhor coordenação ao time de Marcelo Oliveira, primeiro, pela pouca inspiração do meio de campo e ineficiência dos alas Jonas e Eltinho; depois, pela limitação técnica dos atacantes a exceção de Rafinha que, mesmo ainda longe da sua melhor forma, no primeiro minuto de jogo deixou Anderson Aquino na cara do goleiro adversário, o qual evitou o gol com perícia e na etapa complementar acertou uma bola na trave. Portanto, em condições normais o jogo foi extremamente difícil para o Coxa, mas é claro que o fundamental foi a soma dos três pontos e a manutenção da liderança, com a vantagem aumentada diante dos fracassos de Londrina e Atlético nas partidas da tarde.
Não dá para elogiar
O técnico Juan Carrasco voltou a surpreender, negativamente, a torcida atleticana na tarde de ontem. Lembrando o antigo personagem humorístico da televisão, parece que não dá para elogiar o treinador uruguaio que se perde quando é reconhecido, como aconteceu após a vitória sobre o Criciúma.
Demonstrando pretensão, por acreditar que possui elenco farto e recheado de boas opções, ele mexeu demais na escalação do time quando o recomendável seria a manutenção da base para tentar ganhar o título de forma direta, ainda mais com a derrota do Londrina para o Operário, de Ponta Grossa.
A consequência foi a perda excessiva de oportunidades de gol pela inabilidade dos finalizadores, que consagraram a atuação do goleiro Colombo da equipe adversária. Vencendo por 1 a 0 no primeiro tempo, em vez de aumentar o poder ofensivo para consolidar o importante triunfo na busca do título que o Atlético persegue há dois anos sem sucesso, ele inventou o zagueiro Manoel como centroavante. Foi, no mínimo, falta de respeito com o jogador e, sobretudo, com o sofrido torcedor rubro-negro que se decepcionou com o empate.
Mas, talvez, a excêntrica escalação do zagueiro no ataque foi uma forma de protesto contra a diretoria que não se mexe na contratação de um avante de categoria e goleador que possa transformar em gols as inúmeras chances criadas pelo ousado sistema tático aplicado pelo treinador.
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