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A decepcionante campanha do Coritiba no ano passado deixou sequelas no time que se mostrou excessivamente tenso no clássico.

Com a responsabilidade de honrar o supermando e conquistar o título, o Coxa pressionou o Paraná o jogo inteiro, encontrando forte resistência do limitado, porém aguerrido adversário, e por pouco não frustrou a torcida. Até Ney Franco foi expulso por reclamações.

Superior no plano técnico, mas errando bisonhamente nas finalizações, o time coxa-branca perdeu um pênalti cobrado por Marcos Aurélio e defendido com estilo pelo goleiro Juninho, que também teve uma bola contra o seu travessão.

Atacando insistentemente, mas de forma desordenada e com um jogador a mais nos 20 minutos finais – Jéferson foi expulso, o Coritiba só encontrou o caminho da vitória no final da partida após desastrada intervenção de dois zagueiros do Paraná que permitiram a bola escapar para o oportunista Ariel que, parecendo filho de político, está sempre bem colocado: bola na rede e merecida vitória alviverde.

Projeção

O Atlético largou com goleada no octogonal e não fez mais do que a obrigação. Falar do jogo é fácil, pois o adversário mostrou-se fragilizado no conjunto, porém ainda assim criou oportunidades para marcar, aproveitando a vulnerabilidade do miolo de zaga atleticano.

Para um time que daqui a 40 dias estreará como nosso único representante no Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, o importante não é apenas vencer os jogos do estadual, mas projetar o futuro.

Para início de conversa, seria fundamental que a diretoria descesse do muro e anunciasse a fixação de Leandro Niehues como técnico até o fim da temporada. Ao mesmo tempo em que ele ganharia confiança, cessariam as especulações. O clube precisa investir em bons jogadores para, verdadeiramente, reforçar a equipe.

Niehues conhece futebol tanto quanto Mancini, Tite, Roth e outros com mais grife porque dirigiram times badalados pela mídia nacional. Nie­­hues conhece como poucos as mazelas e as potencialidades do elenco e tem demonstrado personalidade para agir, tanto que conseguiu modificar a postura tática.

Ele só não pode praticar milagres em uma equipe sem ala direito, com insegurança defensiva e com uma meia-cancha que não acerta passe de meio metro.

Só com Paulo Baier fica difícil e a bola não chega ao ataque. Mas, quando chega, Marcelo e Bruno Mineiro já mostraram que colocam para dentro e o gringo Toledo necessita de apoio e tempo para a adaptação.

Aliás, na goleada sobre o Co­­rinthians-PR, a única falha do treinador foi ter substituído Toledo, que vinha jogando bem, deu passe certeiro para um lance de gol e está necessitando ganhar confiança e en­­trosa­­mento.

Para a entrada de Tartá seria bem mais recomendável a retirada de Alan Bahia, figura decorativa em campo.

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