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O Maringá jogou melhor, desperdiçou inúmeras oportunidades com o infeliz atacante Cristiano e o Londrina acabou campeão na cobrança extra de penalidades máximas. Foi um duro castigo para os maringaenses, que decidiram em casa e contavam com o título, mas não esperavam tantos gols perdidos durante o tempo regulamentar.

O Londrina, por jogar fora e respeitar o adversário, foi comedido, escapou da avalanche no primeiro tempo e soube controlar a situação na etapa complementar. Nos pênaltis prevaleceu a categoria dos jogadores londrinenses que se sagraram campeões. O maior vencedor foi o dirigente Sergio Malucelli, que havia realizado admirável trabalho no Irati e carregou a sua experiência no resgate do Londrina para o cenário do futebol nacional. O futebol do interior esta de parabéns.

Maldito racismo

Estão aumentando em progressão geométrica as manifestações de racismo nos estádios. O maldito racismo é uma maldade inaceitável perante o histórico de sofrimento da raça negra escravizada durante séculos em muitos países. Os insultos racistas denunciados pelo jogador Marino, do São Bernardo, colocam o Paraná na berlinda e, desde que provada a manifestação de dois torcedores, o STJD poderá oferecer denúncia. As investigações para identificá-los prosseguem, mas o problema está criado e se continuar desse jeito todo clube correrá risco de punição, pois é muito difícil descobrir os agressores no meio da multidão em estádios lotados.

Estilo Roth

Quem acompanhou a primeira semana de Celso Roth no Coritiba admirou o seu estilo no trato com os jogadores e a dedicação na execução dos trabalhos. É aquilo que escrevi: ele consegue transformar time fraco em mediano, que é o caso do atual elenco coxa; time mediano em bom e time bom em ótimo. Vencido o primeiro estágio, com os reforços necessários, a evolução virá com o andamento do campeonato.

Efeitos pirotécnicos

Eliminado de modo humilhante no estadual e de forma incompetente na Libertadores, comprovando as falhas no planejamento do futebol atleticano, restou à diretoria voltar aos efeitos pirotécnicos. O malsucedido projeto com Adriano Imperador teve o final esperado, mesmo porque a maioria mais torcia do que acreditava na sua recuperação. O equívoco de não fazê-lo jogar o máximo possível no estadual para adquirir ritmo e melhorar a auto-estima com a marcação de gols foi fatal. Outros jogadores foram afastados, entre eles o zagueiro Manoel. Assim, a uma semana da estreia no Brasileiro, o Atlético está sem um treinador respeitável, sem uma zaga confiável, sem um meio de campo capaz e apenas com um ataque que necessita de abastecimento para render à altura da sua capacidade.

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