Estamos vendo o futebol brasileiro atravessar fase técnica das mais fracas, com poucos craques surgindo, a seleção distante do seu passado glorioso e os grandes times se sustentando graças à amplitude da crise que atinge o continente. Em cima da deficiência técnica da maioria, e se impondo pelas condições econômicas do país em contraste com os vizinhos sul-americanos empobrecidos, Internacional, Santos e Corinthians venceram as últimas edições da Libertadores e um dos atuais representantes deve conquistar o título deste ano.

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Neymar, a joia da coroa – o trocadilho é inevitável –, barbarizou marcando quatro gols na Barbarense. Gols que faltaram nos amistosos em que a seleção enroscou no sistema defensivo dos ingleses, italianos e russos. Destacando que a goleada sobre a Bolívia foi praticamente um treino de luxo. E, da mesma forma que o Santos, mesmo com Neymar, ficou fora da Libertadores nesta temporada, poucas equipes se apresentam em nível técnico elevado. Apenas meia dúzia – Atlético Mineiro, Corinthians, Grêmio, Fluminense, Cruzeiro e Internacional –, mais o São Paulo que, mesmo em primeiro no Campeonato Paulista, precisa melhorar bastante, e o Botafogo que, apesar de liderar o Carioca, não impressiona como força coletiva.

Diante disso, acredito que a dupla Atletiba reúne condições de fazer boa figura e encarar os desafios no Brasileiro que se aproxima. Claro que se tornou difícil promover uma avaliação precisa do momento atleticano, que está desmoralizando o Estadual paranaense com a sua equipe sub-23 na liderança do returno, enquanto a formação principal aguarda a próxima intervenção na Copa do Brasil.

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O time titular deve encontrar dificuldades para adquirir ritmo, entretanto, pelo que se conhece da sua base, não ficará devendo muito aos demais concorrentes da Série A.

Jogando com aplicação, como ocorreu na impiedosa goleada sobre o Rio Branco – que se transformou numa espécie de Íbis do Coxa –, o Coritiba mostrou poderio e, mais do que isso, possibilidades reais de crescer.

A meu ver, o técnico Marquinhos Santos está no caminho certo, pois taticamente são muitas as alternativas que o time possui. Certo que ainda falta um coadjuvante à altura de Alex para que o craque não fique sobrecarregado no trabalho de armação, onde Bottinelli ainda não pode apresentar as suas credenciais pela lesão sofrida e Lincoln dificilmente será o companheiro ideal para o mestre que esbanja categoria e faz a máquina de gols funcionar com Rafinha, Deivid e agora Robinho, o destaque de sábado.