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O Atlético vinha em franca recuperação, até que permitiu o empate do América-MG depois de fazer 2 a 0. O tropeço em casa após boas apresentações – especialmente diante do São Paulo, no Morumbi, quando deixou escapar a vitória no último minuto – foi devastador para os jogadores.

O elenco abateu-se, e mesmo jogadores tarimbados como Kle­berson, Cléber Santana e Mar­ci­nho jogaram muito mal contra o Coritiba e o Atlético Mineiro. Os jovens foram lançados na fogueira e pagaram o preço da insegurança, a ponto de o time inexistir ofensivamente.

Renato Gaúcho percebeu que as coisas iriam ficar complicadas e mudou o comportamento, passando a criticar alguns aspectos da organização futebolística do Furacão; viajou rapidamente após a má exibição do time no Atletiba e sucumbiu na derrota para o Galo.

Em uma temporada de tantos equívocos nas contratações dos profissionais e de profundo desgaste da inexperiente diretoria, que permitiu a Renato Gaú­cho fi­­car espaçoso dentro do clube, a no­­va mudança de treinador não surpreende. Desconcerta, pelo recorde negativo da atual gestão, mas absolutamente não surpreende.

O tempo passa

O Coritiba voltou a perder fora, fato que passou a ser rotina no campeonato em andamento, e apresentou as mesmas dificuldades encontradas para vencer o clássico Atletiba em casa.

O Atlético Goianiense soube tirar proveito dos contra-ataques e liquidou a partida na marcação do segundo gol, que deixou mais uma vez o goleiro Édson Bastos em posição questionável. Mas o maior problema foi mesmo a postura equivocada dos zagueiros, que parecem ter se empolgado com o domínio territorial do meio para frente, descuidando-se do mortal contragolpe. No ataque, muito to­­que de bola, muita elaboração, mas pouca finalização.

O Coxa precisa reagir e superar-se para surpreender o Corinthians no grande jogo da rodada. Para isso, o time de Marcelo Oliveira terá de voltar a ser eficiente no ataque, e não apenas jogar bonitinho deixando o tempo passar até o apito final do árbitro.

Solidários

O que foi possível extrair das pa­­la­vras do técnico Roberto Fon­seca depois da vitória que reavivou as esperanças Na Vila Capa­nema é que todos os profissionais estão solidários entre si. Mas é bom comunicar a diretoria do fato, afinal, foi ela que contratou todos e arcará com as responsabilidades no balanço final do campeonato.

É importante dizer que "o grupo está fechado" ou que "aqui só tem profissional de caráter", mas também é bom prestar contas aos dirigentes do que se passa na intimidade do elenco.

O jogo com a Portuguesa será complicado, como todos a esta altura da batalha travada pelo Paraná para tentar voltar à Série A.

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