Em meio às revelações do presidente Marcos Malucelli sobre negócios processados por ex-dirigentes no Atlético – que ferem a moral e a ética – e aos protestos da diretoria do Cori­­tiba pelo fato de o STJD não ter liberado o Alto da Glória e de a Federação ter marcado o clássico para Paranaguá, os times seguem na doce ilusão.

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O Paraná não conseguiu contratar um técnico à altura da expectativa gerada pelo grupo de dirigentes que assumiu o clube anunciando mundos e fundos.

A equipe cumpre campanha decepcionante no Campeonato Estadual, apesar do baixo pa­­drão da maio­­ria dos competidores e, além de se sentir ameaçada de não classificar-se para a fase decisiva, deixa a desejar na projeção para o Campeonato Bra­­sileiro da Segunda Divisão.

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O clássico de amanhã em Paranaguá, diante do Coritiba, definirá o futuro da comissão técnica, confirmando que a saída do técnico Roberto Cavalo foi um erro cometido pela nova diretoria.

Atletiba

Com maiores responsabilidades pelo peso da tradição e de suas torcidas, a dupla Atletiba disputa a ponta do campeonato, mas deixa a desejar no plano técnico.

Ou alguém se ilude com a invencibilidade do Coritiba? Levou sufoco de diversos adversários de menor porte, com destaque ao Paranavaí, que só não venceu graças à perícia do goleiro Édson Bastos e à má sorte nas finalizações que arremessaram a bola contra a trave.

Claro que o título estadual tem a sua importância, afinal é o único que está, efetivamente, ao alcance dos nossos representantes, mas é relevante não perder de vista os desafios do restante do calendário nacional.

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Mesmo superior aos demais concorrentes, o time coxa-branca apresenta deficiências no miolo da zaga e tem chegado à marcação dos gols graças à fragilidade dos adversários. Pior para o Atlético que, mesmo disputando jogos frente a contendores extremamente limitados, conseguiu enroscar em alguns deles.

Na partida de anteontem, com o último colocado, o time atle­­ticano realizou um primeiro tempo decepcionante e saiu de campo vaiado.

Desentrosado, sem padrão de jogo e completamente desarticulado nas ações ofensivas, o Furacão deu chance para a retaguarda do Engenheiro Beltrão brilhar.

Na etapa final – corrigindo o posicionamento de Tartá, disparado o melhor em campo, conforme alertei após o jogo com o Paraná do qual, inexplicavelmente, ele não participou –, o Atlético movimentou-se mais e criou situações para a go­­leada.

Porém é muito importante que os torcedores da dupla não se impressionem com as múltiplas interpretações dos técnicos Ney Franco e Antônio Lopes e muito menos com as declarações daqueles jogadores que vivem na mídia graças a um bom serviço de assessoria de imprensa.

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A realidade é que tanto Atlé­­tico quanto Coritiba e, prin­­cipalmente, o Paraná, não estão preparados para fazer boa figura na temporada nacional.