Nas eleições norte-americanas de 1992, o presidente George Bush (pai) era o favorito absoluto à reeleição. Ele estava prestigiado pelo fim da Guerra Fria, iniciada na era Reagan, com o retumbante triunfo da democracia capitalista sobre o comunismo e o sucesso militar na Guerra do Golfo.

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Porém os gastos militares e o desequilíbrio fiscal estavam abalando a economia do país, provocando desemprego e queda do consumo. Foi aí que os estrategistas da oposição acertaram o alvo: "É a economia, estúpido".

Não deu outra, o republicano Bush foi para casa e o jovem democrata Bill Clinton tornou-se um dos melhores presidentes do país, superando até o desconcertante escândalo sexual com a estagiária na Casa Branca.

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Passando para o futebol nosso de cada dia, de nada adianta promessas mirabolantes na administração, planejamento estratégico para conquistar sócios ou balanços financeiros robustos se o time é uma droga em campo.

Os exemplos estão aí, tanto que o quebrado futebol carioca possui os atuais campeões nacionais – Fluminense, do Cam­­peo­­nato Brasileiro; e Vasco, da Copa do Brasil –, além de Fla­­mengo e Botafogo, que disputam vagas na Libertadores, enquanto clubes organizados, administrativamente bem amarradinhos e com amplos quadros sociais, lutam desesperadamente contra o rebaixamento.

Claro que uma gestão competente, com as contas em dia, sólida estrutura patrimonial, milhares de associados e grandes patrocinadores aumentam o poder de qualquer clube, mas se o futebol é mal tocado, aos olhos do torcedor representa fracasso.

Anda na moda os acordos com empresários de futebol ou parcerias com grupos financeiros interessados no mercado da bola.

Mas nem sempre são rosas. O Paraná, por exemplo, deu-se bem com a L.A. Sports, mas em seguida o acordo desmoronou porque o presidente do clube saiu da linha, foi denunciado e, afinal, afastado.

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A mesma L.A. Sports colaborou com a ampla reabilitação do Coritiba emprestando vários jogadores e mantendo relações em nível elevado com a diretoria. Tudo porque os gestores do futebol coxa souberam defender os interesses do clube, respeitando o espaço do parceiro. Com inteligência e trabalho bem coordenado, o Coxa foi um sucesso nesta temporada.

Agora, o Paraná foi denunciado pela SM Sports por causa do jogador Silvio. Pelo jeito, o pessoal da Vila Capanema ainda não aprendeu a lição e isso tem custado caro aos projetos de recuperação do clube.

O Atlético é o maior exemplo de sucesso administrativo e fracasso futebolístico. Organizado como empresa, segue capenga como time de tradição por causa do personalismo e da falta de profissionalismo daqueles que se meteram a ge­­renciar o seu time de futebol.

O Furacão tem planejado mal e gastado mal; contratando e dispensando técnicos e jogadores sem critério racional.

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