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Pela movimentação de dirigentes dos principais clubes e da Federação Para­­naense de Futebol em torno da mudança da fórmula do campeonato estadual, podemos, enfim, enxergar uma luz no fim do túnel.

Tomara que não seja a luz do farol da locomotiva no sentido contrário.

Mas, pelas últimas experiências que tivemos, qualquer alteração que se faça deve estar embasada na possibilidade de recuperar a credibilidade, o interesse e, sobretudo, a rentabilidade da competição.

Fiquei animado com a notícia de que o diretor técnico da Federação, Amilton Stival – boca-negra da velha guarda de Vila Capanema – está propenso a apresentar fórmula de disputa semelhante à utilizada com absoluto sucesso pelos cariocas há décadas.

Trata-se de uma solução simples, enxuta, que movimenta todos os times e abre a chance de o torcedor vibrar com diversos clássicos na fase classificatória, nas semifinais e nas finais.

Seria recomendável acrescentar algo mais para o campeão de cada turno, como acontece com a Taça Guanabara e a Taça Rio.

Apresento como sugestão homenagear esportistas ilustres – ex-craques, ex-dirigentes, ex-árbitros, ex-jornalistas, ex-membros do TJD, etc. – com os seus nomes inscritos nas taças a serem disputadas em cada turno.

Seria uma forma de prestar justo tributo àqueles que ajudaram a escrever a história do futebol paranaense, através dos tempos, homenageando dois nomes a cada nova temporada.

Copa do Brasil

As nossas equipes, que andam se desgastando com atuações pobres e irregulares no Cam­­peonato Paranaense, conseguiram recuperar um pouco do prestígio com vitórias nas partidas da Copa do Brasil.

Exceto pelo Londrina, que foi derrotado pelo Uberaba, os demais colheram resultados satisfatórios.

O Corinthians Paranaense venceu o Juventude e passou para a próxima fase apresentando futebol bem competitivo; o Coritiba não conseguiu eliminar o Luverdense-MT, mas venceu e certamente confirmará a classificação no jogo de volta em casa.

Depois do susto no primeiro tempo, o Paraná conseguiu dar a volta por cima no Cerâmica-RS aplicando uma goleada que há tempos não se via na Vila Capanema.

Destaque para nova eficiente exibição de Márcio Diego e o reencontro de Marcelo Toscano com o caminho do gol.

Na Arena da Baixada o Atlé­­tico reabilitou-se goleando o Vilhena-RO com direito a dois golaços de Netinho. Até Patrick marcou, enquanto Wallyson conseguiu esgotar a paciência da torcida com novas oportunidades desperdiçadas.

Mas o que chamou a atenção foi a diferença de fidelidade entre os atleticanos e os paranistas. Mesmo vindo de maus resultados, o Atlético registrou 9.484 pagantes na quarta feira, enquanto o Paraná, vindo de triunfo sobre o Coritiba, só conseguiu atrair 1.151 pagantes.

Têm razão os dirigentes tricolores quando reclamam da falta de apoio da torcida.

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