Dizem que as equações matemáticas são como as mulheres. Algumas são simples, outras, complicadas. Nenhuma fácil. As mais difíceis acirram a curiosidade e prendem a atenção dos homens por mais tempo.
As mais simples revelam mistérios até então insuspeitados. A maioria não pode ser completamente decifrada. Mas os números podem esconder outra dimensão feminina nas equações: a beleza.
As mais belas formulações matemáticas sempre fascinaram os homens.
No futebol, também os acertos são como as equações matemáticas. Tudo é muito simples, mas sempre aparece alguém para inventar, aumentando o grau de risco quando esse alguém é o próprio treinador que deveria ser o primeiro interessado em simplificar as coisas.
A maior vaidade de todo dirigente é descobrir talentos. Muitos não se contentam em revelar bons jogadores, mas procuram catar craques e, exatamente nesse momento, começam a fazer besteiras, a gastar mal o dinheiro do clube e a investir em jogadores de qualidade duvidosa.
Quanto mais ele erra, mais insiste em corrigir o equívoco para não pagar o vale inflacionando o elenco, daí os magotes de jogadores que entram e saem ao sabor do vento. O dirigente é substituído, o técnico é mandado embora e os jogadores são dispensados, mas a conta quem paga é o clube.
Quando acerta em uma contratação ou surge uma grande revelação, o cartola estufa o peito, chama a atenção dos repórteres para conceder entrevistas, quer ganhar moral com a torcida e acaba dividindo as glórias das vitórias, dos recordes e dos títulos com os profissionais.
Quando dá errado, para tentar justificar tantas trocas de treinadores ou inúmeras dispensas de jogadores, o cartola foge dos repórteres, evita dar entrevistas e acaba colocando a culpa no mercado, na pressão da torcida ou, na imprensa, que só sabe criticar e não tem paciência para entender o projeto do clube.
Só que a equação futebolística é muito simples, começando pela contratação de um técnico sério, competente, respeitado e trabalhador que possa ficar o mais longo tempo possível no comando do time.
Toda mudança de comando é profundamente negativa e leva semanas para que o substituto descubra as idiossincrasias do clube e dos próprios jogadores colocados a sua disposição. E tempo perdido em futebol é irrecuperável, pois os campeonatos seguem e a fila anda.
Quando se acerta na escolha do treinador e possui um planejamento definido, basta ter sensibilidade e critério na contratação dos jogadores, levando sempre em conta o caráter do atleta, o espírito de competidor e, sobretudo, as suas características em relação ao elenco, já que não se pratica o jogo de futebol sozinho.
Sem entendimento entre os jogadores, "casamento" em cada setor e entrosamento geral nenhuma equipe consegue se tornar vencedora.
Porém, as invenções, lamentavelmente, fascinam os homens.
Congresso reage e articula para esvaziar PEC de Lula para segurança pública
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
A novela do corte de gastos e a crise no governo Lula; ouça o podcast
Crítico de Moraes e Lula e ex-desafeto de Trump: quem é Marco Rubio, o novo secretário de Estado dos EUA