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Demonstrando ser uma organização que pensa o futebol com seriedade, o Coritiba reabilitou-se e aumentou o grau de esperança da torcida para o jogo de quarta-feira, pela Copa do Brasil. Uma instituição que respeita o público pagante e conta com profissionais equilibrados pode se dar ao luxo de promover as experiências propostas por Marcelo Oliveira, porque ele conhece e confia no elenco que possui.

Dos jogadores que reapareceram na formação mesclada, Pereira e Marcel marcaram gols; os demais lutaram incansavelmente pelo triunfo, que foi difícil, apesar do escore, tanto que o goleiro Vanderlei teve muito trabalho e uma grande atuação. O Coxa saiu de campo com a alma lavada, literalmente.

Agora é pensar no duelo com o São Paulo, contando com o time completo, inclusive com Rafinha, inteiro. Pelo retrospecto em casa, tudo leva a crer que o Coritiba dificilmente deixará escapar a vitória que garante a vaga na final. Mas será importante impedir a marcação de gols do adversário.

Direção incerta

Se com Juan Carrasco o time do Atlético apresentava comando irrequieto, com o novo técnico, o time mostrou-se acanhado.

O uruguaio era vibrante e tinha liderança, mas acabou se desgastando perante o elenco pelo excesso de tentativas, trocas e queimação de novos talentos, que se sentem visivelmente abalados – como Harrison e Pablo, por exemplo. Só permanecendo como titulares é que eles vão readquirir a confiança e, consequentemente, o bom futebol.

O senhor Ricardo Drubsky começou mal ao admitir que aceita opiniões na formação da equipe e na definição estratégica, agravado por ter optado por jogadores tecnicamente inferiores aos que vinham jogando: Zezinho, Ligüera e Bruno Mineiro são mais úteis. Aliás, mais útil do que Fernandão até Morro Garcia é que capaz de ser. A péssima atuação frente ao Goiás irritou a torcida, que das vaias passou à pressão sobre os dirigentes.

O modelo de gestão do futebol atleticano é tão incoerente e indeciso que, se há pouco tempo o time eliminou tranquilamente o Criciúma pela Copa do Brasil, agora, enquanto os catarinenses lideram a Série B, o Furacão – em vez de evoluir – tomou direção incerta e compromete a campanha de retorno.

Renascendo

Ainda é cedo para comemorações, mas o retorno a Série A estadual e a conquista de melhores resultados no torneio nacional apontam que o trabalho de Ricardinho começa a convencer e o Paraná está renascendo.

A contratação de Lucio Flavio veio a calhar, pois se trata de prata-da-casa, conhecedor das idiossincrasias do clube e que certamente trará considerável dose de experiência ao elenco em formação. Além, é claro, da sua perícia nos tiros livres diretos, a popular bola parada.

Com o torcedor acreditando na nova fase, apoiando e comparecendo à Vila Capanema, a Gralha Azul tem tudo para bater asas e voltar a fazer o voo certo.

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