Dividido entre o Brasileiro e as semifinais da Copa do Brasil, o Atlético jogou com um time misto, teve Bruno Silva expulso ainda no primeiro tempo e mesmo assim voltou com o empate da Fonte Nova. O Furacão superou-se com muita garra e o resultado foi importante para a soma de pontos em uma partida na qual não foi bem na etapa inicial, com o goleiro Weverton se destacando, e revelou capacidade de reação após ter sofrido o gol do Bahia. Obina aproveitou a desarrumação da defesa e abriu a contagem, mas o empate veio em jogada de Dellatorre para a finalização do artilheiro Éderson. O time baiano sentiu o gol e caiu verticalmente de produção, propiciando ao Atlético a chance de virar.
Acertou Vagner Mancini ao poupar alguns titulares fisicamente desgastados no final da temporada para que a equipe entre encorpada, quarta-feira, para tentar fazer o placar que necessita no primeiro duelo com o Grêmio. O Coritiba mostrou o caminho para liquidar o time gaúcho: partir para cima com tudo desde o começo do jogo.
Coxa detonou
O Coritiba consolidou o afastamento da zona de rebaixamento ao detonar o Grêmio em sua terceira vitória consecutiva e realizar uma apresentação primorosa, para delírio da torcida. Aos 15 segundos Gil cruzou e Pará fez contra; antes dos quatro minutos Alex ampliou e desmontou o time gaúcho no Alto da Glória. Alex voltou a ser um autêntico maestro no espetáculo coxa-branca.
Sem demonstrar capacidade de reação, o Grêmio em nenhum momento da partida ameaçou a meta de Vanderlei e submeteu-se ao rigoroso domínio dos comandados de Péricles Chamusca, que enfiaram mais dois gols e desperdiçaram outras ótimas oportunidades para aumentar a goleada. O mais bonito dos quatro gols foi o último, no qual Julio César deu um lençol no adversário e lançou primorosamente para Geraldo concluir.
Há de se lamentar a entrada desleal e covarde do ala Pará, que acertou por trás o atacante Geraldo e foi expulso de campo.
Complicando
O Paraná está complicando o acesso à Série A por diversos motivos que foram exaustivamente debatidos internamente pela diretoria, pela torcida e pelos analistas em geral. Um misto de dificuldades econômicas para investimentos, carência financeira para a manutenção do custeio e salários em dia, necessidade de reduzir o preço do ingresso para levar mais público à Vila Capanema e uma equipe que vinha se superando, mas que, lamentavelmente, perdeu o fôlego nas últimas rodadas.
A derrota para o Joinville foi amarga porque se originou de um erro de passe do experiente Lúcio Flávio, pela falta de força do time para reagir com a energia exigida para a ocasião e diversas falhas individuais, especialmente na etapa complementar, quando foi dominado pelos donos da casa.