Dos quatro semifinalistas da Copa, apenas o Uruguai apresentou futebol mais modesto, mas com muita garra e determinação. Em compensação, Holanda, Espanha e Alemanha mostraram futebol de primeira, com sistemas táticos inteligentes, toque de bola envolvente, velocidade e obstinação na busca dos gols.

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O futebol está em festa com as semifinais e certamente terá uma grande final inédita.

Na partida de ontem, o veterano Vicente Del Bosque armou muito bem o time espanhol, com segurança defensiva e impressionante equilíbrio na meia-cancha, com Iniesta e Xavi gastando a bola no esplendor de suas formas física e técnica. Só faltou maior número de finalizações em uma partida menos inspirada de David Villa. O jovem Pedro entrou muito bem, bagunçou o sistema defensivo alemão e chegou a exagerar nas fintas em vez de marcar o segundo gol.

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A Alemanha sentiu bastante a ausência do principal jogador – Müller –, apesar da boa atuação do excepcional armador Schweinsteiger, e não conseguiu equilibrar as ações, cedendo espaços e submetendo-se ao desígnio do adversário durante todo o segundo tempo.

A vitória da Fúria foi justa, tanto que, elegantemente, o técnico Joachim Löw cumprimentou seu colega espanhol no final, ao contrário de Dunga que, emocionalmente desnorteado, não cumpriu o protocolo do fair play tão bem cultivado pela Fifa.

Final

Não se pode apontar um favorito e muito menos prognosticar um provável vencedor para a partida final de domingo.

São dois times praticamente com as mesmas características defensivas e no sistema de armação, setor onde ambos pri­­vilegiam a circulação de bola com qualidade no passe e poucos lançamentos em profundidade, diante dos rigores impostos pelas retaguardas das seleções que disputaram esta Copa.

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No ataque, tanto Espanha quanto Holanda contam com bons especialistas, sendo a pe­­quena diferença notada no maior número de finalizações dos Laranjas, já que os espanhóis ensebam a bola um pouco de­­mais e chutam menos a gol.