A cada eliminação da seleção brasileira em Copa do Mundo na maioria das vezes a desgraça vem nas quartas de final realiza-se grande mutirão para debater as causas do fracasso.
Nada que se compare ao futebol francês que, após a desclassificação na primeira fase, provocou a ira da mídia, da torcida e até das autoridades governamentais. Chegou-se ao cúmulo de instalar-se uma sessão extraordinária na Assembleia Nacional para discutir futebol.
Vejam só, na mesma augusta Assembleia Nacional que teve entre seus pares Robespierre, Danton e outros, abriram-se as portas para receber o desengonçado Raymond Domenech, técnico dos Bleus, contestado por Anelka e os demais jogadores. O caminho óbvio foi colocar a culpa na imprensa e o técnico depositou a responsabilidade na conta do jornal LEquipe, apenas por ter mostrado a verdade nos gastos excessivos e na falta de comando da seleção francesa.
Há quatro anos, Parreira foi o comandante da seleção brasileira e saiu escorraçado por ter perdido o controle sobre as estrelas mais reluzentes, como Ronaldo, Adriano, Ronaldinho Gaúcho e outros que se entregaram as festas na Alemanha.
Ontem, Dunga comandou a seleção brasileira pela última vez, acusado de ter fechado os jogadores, passado intranquilidade ao grupo e, sobretudo, não ter escolhido melhores jogadores para o meio de campo.
Ambos tiveram a mesma trajetória: Parreira e Dunga venceram a Copa América, a Copa das Confederações e se classificaram com folga para a Copa do Mundo.
Parreira teve uma coleção de craques à disposição e não foi rígido na disciplina durante a concentração do torneio e Dunga teve um grupo de pouca qualidade técnica, que se esmerou na disciplina fora de campo, porém um desastre durante os jogos com elevado número de cartões amarelos e vermelhos.
Desperdiçamos as duas tentativas de conquistar o hexa e temos a responsabilidade de disputar a próxima Copa em casa.
É importante que se promova profundo exame dos erros e acertos cometidos nos últimos oito anos.
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