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Prepara-se a torcida do Coritiba para nova partida histórica no Alto da Glória. Trata-se de uma autêntica noite de "Gala Coxa", afinal a equipe conseguiu chegar outra vez às fases decisivas da Copa do Brasil.

Depois da boa apresentação no Morumbi, quando poderia ter feito escore confortável pelo volume de jogo apresentado, mas também poderia ter saído de campo com derrota mais contundente não fosse a extraordinária atuação do goleiro Vanderlei, está claro que a partida de logo mais será eletrizante. Tudo pode acontecer, já que se trata de confronto entre dois times fortes, com virtudes e deficiências por todos conhecidas, mas com potencial suficiente para levantar o público nas arquibancadas.

Pelo retrospecto em casa o Coritiba entra como favorito, porém o regulamento da competição oferece ao São Paulo a possibilidade de procurar a marcação do gol que terá o peso em dobro. Como não adianta lamentar as oportunidades perdidas para marcar gol fora, resta ao time coxa-branca a realização de uma jornada de superação e, em última análise, de gala, pois não basta vencer, mas sim assegurar a classificação para as finais.

Velhos tempos

Transporto-me ao tempo em que tomávamos um Penha – naquela época a passagem de ônibus era bem mais barata do que avião – e viajávamos para ver Pelé ao vivo. Às vezes, por causa da rádio, mas muitas delas por conta própria, pelo prazer de assistir os grandes clássicos no Pacaembu ou no Maracanã.

Claro que não era só Pelé, pois Zito, Coutinho, Pepe e outros também enchiam os olhos tanto quanto Rivellino, Dino Sani e Paulo Borges do outro lado, ou Garrincha, Didi, Gerson, Jairzinho no Botafogo; a Academia do Palmeiras e tanta coisa que fez a glória do futebol brasileiro nos anos dourados do tricampeonato mundial.

Corinthians e Santos voltam aos velhos tempos na partida que apontará o finalista brasileiro na Libertadores. A missão santista é espinhosa, tendo em vista a derrota em casa e o desgaste físico e mental de Neymar, o único "desequilibrista" em campo.Mas tem tudo para ser jogo notável, como nos velhos bons tempos.

Efabulativo

O jornalista Carlos Alberto Pessoa, que está para lançar novo livro, participava de jantar do "Mesa Real" – grupo que se reúne mensalmente sob a liderança com punhos de aço do coxa-branca José Luis Lins de Sousa – e foi apresentado a um convidado ilustre, José Carlos de Miranda, então presidente do Paraná Clube. Revelando curiosidade, o professor Miranda iniciou a conversa com o temperamental e genial Nêgo Pessoa:

– Sou leitor de sua coluna e fã do seu estilo, só que algumas vezes não entendo direito o que foi escrito.

– É natural, meu caro, pois eu escrevo para bípedes...!

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