Tenho ouvido e lido muitas reclamações de dirigentes a cerca da ação dos agentes de jogadores que atanazam a vida dos clubes na entressafra do calendário nacional e, seis meses depois, do calendário europeu.

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Chama a atenção o fato porque os clubes perderam muito do poder que detinham como massa de manobra na contratação e renovação do contrato dos jogadores, mas ninguém se manifesta a respeito de movimentação política para a revogação de alguns artigos da Lei Pelé. Havia um projeto de emen­­das a Lei Pelé tramitando no Congresso Nacional, mas nunca mais obtive informação sobre o assunto.

No passado recente houve quem proclamasse a necessidade urgente de uma reforma na antiga lei do passe, que se transformou em direitos federativos dos atletas, proporcionando grandes dores de cabeça a quem mantém as estruturas dos centros de treinamentos, banca as categorias de base e acaba usando os melhores jogadores por um espaço de tempo muito curto em relação aos grandes in­­vestimentos realizados.

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Trocando em miúdos, os clubes investem e revelam os jogadores, mas no momento da primeira negociação são os agentes que ficam com a parte do leão.

Prometo aos caros leitores que na primeira oportunidade que tiver indagarei ao presidente do Atlético, Marcos Malucelli, a respeito do imobilismo dos dirigentes sobre o tema.

Como vice-presidente do Clube dos 13 é possível que Mar­­cos Malucelli tenha alguma informação importante para os torcedores que acompanham essa verdadeira batalha travada entre clubes e empresários de jogadores.

Mas se a entidade que congrega as principais associações do futebol brasileiro não apresenta a sua opinião oficial e muito menos se mobiliza para mudar a regulamentação da lei, de nada adianta a mídia alimentar o palpitante tema.

EFABULATIVO: Luís Carlos Oliveira, o popular Bolão, destacou-se como técnico das categorias de base e fez algumas incursões nos times principais do Matsubara e do Atlético, mas a sua maior glória foi a conquista do título brasileiro de juniores pela seleção paranaense.

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Como a preparação da seleção havia sido realizada nas dependências do Quartel do Exército, no bairro do Pinhei­­rinho, no retorno o general comandante convidou a delegação para um almoço no cassino dos oficiais.

Liderados pelo presidente Aroldo Alberge e pelo supervisor Munir Calluf, Bolão e os jogadores foram uniformizados ao quartel onde receberam homenagens antes do almoço festivo.

O general sentou-se entre o presidente da Federação e o técnico, sendo que Bolão resolveu puxar conversa para animar a recepção e perguntou:

– O senhor é general de carreira ou é general de peixada, nomeado por algum político?

Sorte do técnico que o ge­­neral era um carioca bem-hu­­morado, formado na Acade­­mia das Agulhas Negras e caiu na risada.

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