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O ano futebolístico começou cercado de incertezas a partir da indefinição do principal campeonato nacional pelo conflito de competência entre as liminares concedidas aos requerentes na Justiça comum. O juiz de uma vara civil de São Paulo mandou a CBF manter a Portuguesa na Série A enquanto que o Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos do Rio de Janeiro determinou que o Fluminense não seja rebaixado para a Série B. Caberá ao STJ – Superior Tribunal de Justiça – acabar com o conflito, que não é aquele presidido pelo ministro Joaquim Barbosa, pois o STF trata de matéria constitucional.

Enquanto isso a bola voltou a rolar no fim de semana sem grande empolgação, já que os estaduais definitivamente perderam o encanto. Pelo menos no formato em que são disputados, como é o caso do futebol paranaense, que há muito tempo deveria ter organizado um campeonato que atendesse aos interesses da maioria dos clubes, adotando uma fórmula com dez meses de disputa, tipo festa do interior, com calendário o ano inteiro para reativar antigas e saudáveis rivalidades entre cidades da mesma região. Como a Federação não mostra criatividade, os próprios clubes estão tratando de mudar as regras, tanto que o Coritiba acompanhou o Atlético com a escalação de um time alternativo nas primeiras rodadas.

Só que a diretoria atleticana parece não se importar com o sentimento do torcedor que, obviamente, gostaria de ver o time principal jogando na fase decisiva para tentar a conquista do título do centenário. Porém a sua monocrática administração segue a linha dura adotada pelo atual presidente, que não dá confiança para a opinião pública, tanto que fechou os profissionais no CT do Caju, proibiu entrevistas para a grande mídia e muito menos explicou o desmonte da comissão técnica e da base do time vitorioso que se classificou para a Libertadores.

É como disse um torcedor atleticano, na ensolarada manhã do Parque Barigui: "Depois de perder Léo, Everton e o argentino Mugni, só falta o Atlético recuperar o Adriano e o Imperador assinar contrato com o Flamengo".

Mesmo com deficiências na execução, vejo a política no futebol do Coritiba com mais coerência, pois a diretoria respeita o desejo do torcedor comemorar o título e leva o campeonato a sério.

Quantas vezes ouvimos falar que os estaduais saíram de moda, mas enquanto ele for disputado, é importante levá-lo a sério, especialmente porque a torcida vai ao estádio para ver o seu time vencer e, no final, festejar o título. A torcida não é acionista de uma empresa que fica analisando balanços ou a sua evolução patrimonial. Nada disso. A torcida é essencialmente emocional e apaixonada, levando-se exclusivamente pelos resultados. E não conheço nenhum torcedor mentalmente equilibrado que dispense a alegria de ver o seu time campeão.

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