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Depois de sete rodadas, o Atlético deixou de ser um time em formação, pois Juan Carrasco já deve ter uma ideia do elenco colocado à sua disposição, e certamente solicitou reforços à diretoria para arriscar voos mais ousados.

Ninguém, em sã consciência, deve iludir-se com os primeiros resultados diante de adversários fracos. Na realidade, exceto Coritiba e Atlético, os demais participantes do Estadual são equipes que se credenciam apenas para a Quarta Divisão nacional. Portanto, a dupla Atletiba nada mais faz do que cumprir com a sua obrigação mínima neste campeonato.

Mas como vinha jogando tão mal e decepcionando até mesmo no Estadual, o Atlético de hoje agrada pela organização tática e, sobretudo, pelo aguerrimento que foi injetado na virada do ano.

Ontem, em Irati, mesmo desfalcado de Deivid e Paulo Baier, e improvisando o lento Bruno Costa como ala-direito, o Furacão não encontrou dificuldades para golear e assumir a liderança. Harrisson voltou a ter atuação discreta e foi substituído por Martín Ligüera que, mesmo sem brilho individual, assinalou o gol mais bonito da tarde.

O técnico Juan Carrasco necessita de reforços de bom nível, que se somarão aos destaques atuais, para realizar a maturação do time que tentará recuperar a imagem arranhada com tantos fracassos nas últimas temporadas.

A conquista do título paranaense é fundamental para o início da reabilitação atleticana.

Perdeu o ritmo

As atuações do Coritiba neste ano estavam abaixo do que mostrou na conquista do bicampeonato invicto e na sua trajetória na Copa do Brasil, mas no empate com o Rio Branco a equipe perdeu completamente o ritmo.

Melhor estruturado no sistema defensivo e muito aplicado na marcação do primeiro combate, o time de Paranaguá surpreendeu o poderoso adversário que, mesmo jogando em casa, não conseguiu sair da amarração tática, apenas empatou e provocou vaias da torcida no apito final do árbitro no Alto da Glória.

Os alas estiveram em plano técnico inferior e jamais o meio de campo, com Tcheco e Júnior Urso, conseguiu revelar inventividade e, sobretudo, capacidade de municiamento ao ataque, com pouca movimentação e sem alternativas pelos lados do campo. Todas as alterações processadas pelo treinador Marcelo Oliveira não surtiram o efeito desejado, se bem que, apesar da má jornada, a vitória poderia ter acontecido se Lincoln, em uma cabeçada, e Marcel, em uma finalização embaixo da trave, tivessem melhor sorte.

Projetando a capacidade do time para os futuros compromissos nas diversas competições programadas, vale repetir que o atual grupo é, no plano geral, inferior ao da temporada passada e, consequentemente, as dificuldades serão maiores diante da grande expectativa gerada no inconsciente coletivo da torcida coxa-branca.

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