Aldeia mais sinistra

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Impressiona o volume de notícias desagradáveis que brotam no futebol paranaense, tornando a aldeia mais sinistra, com caprichada regularidade.

Nem falo da brincadeira do vereador e chefe de torcida do Atlético, Julião da Caveira, porque, em última análise, o problema é da Câmara de Verea­­dores e não do esporte. Ele deixou os colegas edis de saia justa, pois aqueles que devem julgar o seu comportamento são os mesmos que prestaram vassalagem ao presidente da Casa, no episódio das pesadas denúncias de desvio de conduta no ano passado.

O que é mais grave: faltar a sessão para assistir a uma partida de futebol ou promover aquele estrago que abalou as es­­truturas do parlamento mu­­nicipal?

No segundo jogo do Atlético no chamado Ecoestádio registrararam-se inúmeras ocorrências que desagradaram a população. Primeiro, o gigantesco congestionamento na rodovia que passa em frente ao estádio, logo a BR-277 que liga a capital com as regiões mais prósperas do estado; segundo, pelos inconvenientes enfrentados pelos torcedores que acessaram o local do jogo; terceiro, pelos tumultos provocados no confronto entre as facções de torcidas do Furacão transformando a pracinha, que liga o bairro do Barigui à estrada, em verdadeiro campo de guerra.

E os iluminados dirigentes, que mantêm a aldeia sinistra em pleno funcionamento, ainda querem realizar o Atletiba no Ecoestádio. Sem esquecer, é claro, do absurdo que representa a Federação ter programado o nosso maior clássico para uma Quarta-Feira de Cinzas.

Será que o presidente da Fe­­deração não leu a tabela de jo­­gos antes de homologar o documento autorizando a publicação no boletim oficial?

Parece que os dirigentes do futebol paranaense preservam em vidros de compota a arrogância e o atraso.

Rodada

Depois de um primeiro tempo sofrível, sem qualquer entendimento, o Atlético recuperou-se e construiu uma goleada sobre o Toledo. Destacadas atuações do volante Deivid e do estreante Martín Ligüera.

Ressalta-se que a torcida foi dura nas vaiais ao técnico Carrasco na substituição do jovem Harrison que, ao contrário das partidas anteriores, não vinha cumprindo atuação satisfatória. Do­­mingo, o Furacão encara o lanterninha Iraty.

O Coritiba escapou da perda da longa invencibilidade no Es­­ta­­dual graças ao erro grosseiro do árbitro, que deixou de as­­­si­­nalar a penalidade máxima co­­me­­tida pelo goleiro Vanderlei no atacante Arthur, do Lon­­dri­­na.

Mas, em vez de apontar as falhas do time coxa-branca, prefiro enaltecer a bela apresentação da equipe londrinense, que só não segurou o resultado positivo pela deficiência física mostrada nos 20 minutos finais.

Jogando com o irregular Rio Branco, no Alto da Glória, o Coxa tem tudo para reencontrar o melhor estilo e voltar a vencer na competição.