O Coritiba foi melhor em tudo neste campeonato e reuniu todas as condições para sagrar-se campeão, batendo recordes de vitórias e mantendo impressionante diferença de pontos sobre o segundo colocado. Com uma campanha irrepreensível desde a primeira rodada, o bicampeonato coxa-branca desenhou-se na conquista do turno e encerrou-se com a goleada sobre o Atlético, completando três títulos em plena Arena da Baixada nos últimos oito anos.

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Manoel, descontrolado, facilitou as coisas ao ser expulso logo no início do clássico. Se completo já seria difícil para o Furacão, com um homem a menos as coisas se complicaram ainda mais, pois o Coritiba manteve a serenidade, tocando a bola e impondo com naturalidade a sua superioridade tática e técnica, construindo o escore na etapa inicial através do oportunista Bill. No primeiro gol, de cabeça, aproveitou o rebote de Renan Rocha e, no segundo, desferiu chute longo que o goleiro aceitou.

Sem capacidade de organização na meia-cancha e sem eficiência ofensiva, Adilson Batista procurou injetar novo ânimo no segundo tempo mas, pela evidente limitação técnica da maioria dos seus jogadores, o Atlético jamais ameaçou a meta de Édson Bastos e a supremacia do Coritiba.

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Nem mesmo quando Marcelo Oliveira substituiu Leandro Do­­nizete e Léo Gago – os maestros do Coxa – a equipe diminuiu o ritmo ou perdeu a harmonia. Mesmo a ausência de Marcos Aurélio não foi sentida, pois a força do time reside no conjunto, tanto que os três atacantes se destacaram como artilheiros da temporada. Sofrendo estéril pressão do adversário, o Coritiba revelou primorosa postura defensiva e, em contra golpe, ampliou a contagem com Leonardo.

Segura e tranquila a arbitragem de Evandro Rogério Roman. Após o apito final que encerrou o Atletiba, iniciou-se em seguida a civilizada entrega de troféus aos campeões e a festiva volta olímpica sem qualquer tipo de incidente.

A queda

A queda do Paraná significou o último capítulo de uma novela que se arrasta há algum tempo, marcada por pitadas de incompetência, desinteresse e desamor ao clube. Um drama que atingiu em cheio o coração do torcedor tricolor.

Começou tudo errado, primeiro com promessas jamais cumpridas; depois com a fragilidade gerencial dos graves problemas financeiros do clube; e, finalmente, com a caótica fórmula de administração no departamento de futebol. Com apenas cinco pontos ganhos o Paraná encerrou o turno praticamente rebaixado e só a partir da entrada do técnico Ricardo Pinto e da transformação do elenco foi que as coisas melhoraram um pouco. Porém os 15 pontos conquistados no returno foram insuficientes para evitar o doloroso rebaixamento.

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