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Na sua melhor campanha nos últimos seis anos, o Atlético lutou até a pe­­nú­­ltima rodada por um lugar na Libertadores, mas teve de dar-se por satisfeito com uma vaga na Sul-Americana.

Após um começo incerto, a trajetória atleticana foi surpreendente a partir do momento em que o técnico Carpegiani deixou de promover experiências e a inventar na definição da equipe. Sérgio Soares apenas deu sequência ao trabalho e o Furacão cumpriu a sua missão.

Poderia ter chegado mais longe se os atacantes contratados respondessem à altura. Porém, isso não aconteceu e a maior parte dos gols foi marcada por zagueiros e meias, inclusive ontem, pelo defensor Rafael Santos.

O ponto alto da campanha foi o sistema defensivo, tanto por parte dos beques quanto dos volantes – todos em bom nível – e o rendimento dos alas, com destaque a Paulinho, que preencheu antiga lacuna no setor esquerdo rubro-negro. Do meio para frente, apenas Paulo Baier e Branquinho mantiveram média elevada de atuações, enquanto Guerrón destacou-se pelo aguerrimento, porém revelando carência técnica individual.

No gol de empate do Ceará, uma falha grosseira de Manoel e ,na etapa complementar, o Atlético caiu de produção, cedeu terreno e o goleiro Neto teve de garantir a igualdade no placar.

Quase campeão

Mesmo praticando um futebol tecnicamente sofrível, o Flumi­­nense venceu o Palmeiras, que jo­­gou em ritmo de treino, e transformou-se em quase campeão bra­­sileiro depois de 26 anos.

A partida em Barueri foi cercada de muita fofoca diante da pressão exercida pela torcida do Palmeiras para que os jogadores não se empenhassem a fim de atrapalhar o Corinthians na corrida pelo título.

Os torcedores têm todo o direito de brincar com o futebol, afinal eles não são responsáveis pelos times e quem tem de mostrar se­­renidade e profissionalismo são os dirigentes, técnicos e jogadores. Alguns dirigentes do Pal­­mei­­ras escorregaram durante a semana com declarações próprias de torcedores, jamais de pessoas que falam em nome do clube. Mas Felipão foi hábil na escalação, colocando os titulares em campo. Foi um simulacro feito na medida para afastar qualquer possibilidade de alguma denúncia junto ao STJD, como ocorre no futebol europeu em casos semelhantes.

Dinei abriu a contagem, Carli­­nhos empatou e o goleiro Deola andou salvando a lavoura no primeiro tempo. Na etapa final, com futebol tecnicamente muito pobre, o Fluminense tirou proveito da sonolência do adversário e chegou a vitória reconfortante.

Vencer o rebaixado Guarani, no Engenhão, significará apenas uma formalidade para Muricy alcançar o seu tetracampeonato nacional.

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