A dupla Atletiba entra em campo com propostas diferentes: enquanto o Furacão apenas luta contra o rebaixamento, o Coxa tenta decolar em busca da vaga na Libertadores.

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Vaga que esteve nas mãos do Coritiba, perdida por descuido ou apenas infelicidade, na final com o Vasco pela Copa do Brasil. Essa mesma vaga esteve ao al­­cance do Atlético no ano passado, quando foi perdida na disputa com o Grêmio pela po­­bre­za técnica do ataque internacional, com Guerrón, Gon­­zález e Nieto.

Em vez de investir no começo da temporada em um grande artilheiro, a diretoria atleticana optou por várias contratações decepcionantes, culminando com Santiago "El Morro" García que até agora não mostrou o seu arsenal. A fama precedeu o goleador em jejum de gols.

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Correndo atrás da vaga perdida, o Coxa também se ressente da falta de um avante realizador. Por mais que Bill e Leonardo corram, lutem e até marquem gols, todos sentem a falta daquele atacante capacitado para fe­­char o trio com os hábeis Rafi­nha e Marcos Aurélio. An­­derson Aquino teve lampejos e marcou muitos gols, mas não é avante de ofício.

Sabemos que a grana anda curta no Alto da Glória e por isso não foi contratado o atacante desejado pela torcida.

Dia desses conversei com o gestor Vilson Ribeiro de An­­dra­­de, antigo colega de trabalho e contemporâneo de faculdade, feliz porque as contas estão em dia, o passivo sob controle junto aos credores e, sobretudo, porque a grande virada acontecerá com o novo CT e o Pinheirão pa­­drão Fifa.

Voltemos à bola nossa de todos os dias, especialmente porque a dupla Atletiba estará em ação.

O futebol mudou muito e, com ele, mudou muito também o gosto do brasileiro, começando logo pelo gosto da crítica. Até alguns anos, os brasileiros criticavam com ar de grande superioridade – superioridade, aliás, que existia –, o estilo dos inventores do futebol, os ingleses, de jogar sistematicamente com bolas altas lançadas sobre a área do adversário.

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Com bola rolando e com bola parada, era a arma principal do futebol inglês, e do English Team, por nós ridicularizada.

Hoje, assistimos à mesmíssima jogada em todas as partidas do Campeonato Brasileiro e até mesmo nas apresentações da seleção: o cruzamento alto na área, insistentemente de bola parada, que passou a ser considerado um dos pontos mais fortes e, literalmente, um dos pontos mais altos do atual futebol brasileiro.

Parece que perdemos o gosto pelo futebol bem jogado, com passes, triangulações, tabelinhas rápidas, dribles, tanto que Leandro Damião surpreendeu a todos com a genial lambreta aplicada em cima do beque ar­­gentino.

Aquilo que antigamente era comum, passou a ser uma grande novidade nos tempos bicudos de hoje. Tanto torcedores quanto críticos analisam muito mais os resultados dos jogos do que a qualidade do futebol praticado neles.

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