O futebol paranaense anda tão por baixo em motivação e desempenho técnico que os empates na Copa do Brasil foram recebidos com naturalidade.
Em outros tempos, quando o Atlético era o Atlético e não essa caricatura de time de futebol que vem cansando a torcida na permanente luta contra o rebaixamento, eliminar times do nível do Sampaio Correa era uma tarefa simples.
Há dez anos, em São Luís do Maranhão, o Furacão venceu o mesmo adversário por 3 a 1. Mas era o tempo em que estava em formação o grande Atlético do tricampeonato paranaense, do título brasileiro e das três participações na Libertadores.
Nos últimos anos, parece que o time diminuiu de tamanho; não consegue jogar bem na Arena da Baixada e revela extrema limitação para superar os adversários mais simples quando joga fora.
Conforma-se com a contratação de jogadores medíocres e o panorama está se tornando desanimador aos olhos da torcida.
O Coritiba teve pela frente um adversário de maior envergadura técnica, mas soube se comportar, chegou a abrir a contagem e por pouco não saiu de Florianópolis com o triunfo. O golaço do Avaí no final do jogo mostrou um pouco das dificuldades que o Coxa enfrentará jogando o turno inteiro do Campeonato Brasileiro longe do Alto da Glória.
Sem o ambiente caseiro e o apoio da torcida, a equipe joga sempre sob pressão. No caso específico do Coritiba quando for seu mando, mas jogando em Joinville, vai sempre parecer campo neutro para o adversário.
Mesmo com o pouco que satisfaz, a dupla Atletiba conseguiu trazer a decisão da classificação para dentro de casa. Coisa que não acontecerá com o Paraná, já que o empate na Vila Capanema foi melhor para o Sport.
Na Ilha do Retiro, onde normalmente é muito difícil enfrentar o time pernambucano, o Paraná terá de encontrar soluções fora do seu alcance normal para tentar seguir vivo no torneio.
Quanto à greve dos jogadores, é legítima a reivindicação dos profissionais.
Em vez de censurar os jogadores a diretoria deveria convocar o Conselho Deliberativo para tentar encontrar uma solução definitiva para os graves problemas que afetam o cotidiano do clube.
Por último, o nosso único representante que venceu: o Corinthians Paranaense. Venceu o Ceará com dificuldade, mas jogará pelo empate em Fortaleza.
Lamento apenas que Joel Malucelli, por quem nutro apreço e respeito como empresário de sucesso e esportista bem intencionado, tenha optado pela mudança do nome do time.
Malutrom já estava conhecido, mas por questões familiares ele optou pelo seu próprio nome, abreviado conforme a holding do grupo: J. Malucelli. Pegou rápido, tanto que até hoje muitos identificam o time como J. Malucelli.
Com tantos complexos e carência afetiva, o futebol paranaense não consegue assimilar o Corinthians local.
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