Um pouco mais da metade do campeonato e a dupla Atletiba se questiona sobre o que está em jogo.
Do lado do Coritiba o clima pesado contrasta com a euforia do início retumbante, com liderança e invencibilidade que incentivaram o torcedor a acreditar na possibilidade de o time lutar pelo título. Com lesões em série sofridas por diversos jogadores titulares, a equipe desabou e o técnico Marquinhos Santos passou a ser contestado, aumentando a pressão até mesmo sobre o eficiente supervisor Felipe Ximenes e a cúpula diretiva.
Reclamam os torcedores, pela ordem, da demora na recuperação dos atletas entregues ao departamento médico, da singeleza técnica dos reservas que se mostram distantes do padrão dos titulares, de algumas contratações equivocadas, do modelo tático escolhido pelo treinador na fase ruim e, finalmente, da absoluta dependência que o time inteiro tem do craque Alex. Alguns torcedores enviaram mensagens nas quais mostram o número de pontos ganhos graças à intervenção salvadora de Alex, via de regra nos momentos mais dramáticos.
Mas como conta com o excelente meia-artilheiro, o Coxa não tem porque se preocupar, afinal está cinco pontos acima da zona de rebaixamento e ainda com chance de tentar uma vaga na Libertadores.
Do lado do Atlético, o clima de tranquilidade contrasta com o peso do início decepcionante, quando o time flertou com o rebaixamento e só escapou depois que Vagner Mancini deu um jeito na defesa e no meio de campo. Ele reforçou a marcação, com a fixação de Luiz Alberto como efetivo ao lado de Manoel e a escalação de dois volantes, contando com Paulo Baier e Everton rendendo bem no municiamento do ataque, com os lépidos Marcelo, Dellatorre e, principalmente, Éderson.
Só que na semana em que o Furacão disputou nove pontos e somou apenas dois, mesmo enfrentando Vasco e Fluminense que se encontram no rebolo da turma de baixo, os concorrentes encostaram. Foi ultrapassado por Botafogo, Grêmio e passou a ter Internacional e Corinthians na cola. Significa que duas vagas na Libertadores estão sendo disputadas diretamente por quatro clubes, sendo que entre eles em baixa técnica está o Corinthians. O Furacão está de olho na dupla Gre-Nal, com vantagem para o Grêmio que dos três é o único que pode jogar em casa. Atlético e Inter se sacrificam sofrendo as consequências de terem colocado os seus estádios à disposição da Fifa e só poderão voltar para os braços da galera no ano que vem. Basta verificar a diferença de público entre os três.
Tecnicamente a vantagem aparente é dos gaúchos, com elencos muito mais caros e recheados de maiores opções até o final da longa temporada. O aviamento da receita atleticana indica que os jogadores precisam se superar, tentando arrancar pontos fora mantendo a excelente média de aproveitamento na Vila Capanema.
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