Demorou, mas caiu a ficha do calendário sobrecarregado. Chegando ao nono mês, quando todos os times deveriam estar no auge físico e técnico da temporada, o que se observa é um chororô geral. Treinadores, preparadores físicos e jogadores reclamam do cansaço e começam a provocar os cartolas para o atrasadíssimo debate em torno da distribuição dos jogos.
Não sou favorável à extinção dos estaduais. Antes, pelo contrário, há anos venho argumentando que deveria existir coerência no sentido de direcionar o campeonato estadual para aqueles que não contam com calendário anual. Ou seja: o Paranaense poderia ser disputado o ano todo com as equipes separadas por regiões, revivendo antigas rivalidades entre cidades, que serviria como qualificação para a fase final nos primeiros meses do ano seguinte, daí com a presença dos grandes da capital e aqueles que estivessem na mesma situação no plano nacional. Seria um campeonato enxuto e racional, que atenderia às necessidades dos clubes menores e reduziria substancialmente a carga dos grandes que almejam conquistas nacionais e internacionais.
O que não se compreende é o fato de os clubes pequenos sobreviverem de favor, sem continuidade de atividade e sem perspectivas, com os maiores forçados a pagar para jogar o estadual, aumentando de forma quase desumana a carga de partidas na temporada.
Todos os clubes se sacrificam pelos interesses políticos mesquinhos da CBF, atrás de votos, e das federações, atrás de dinheiro e poder regional.
Encruzilhada
Com a invejável marca de 13 jogos sem perder, o Atlético chegou, a meu ver, à encruzilhada para projetar o seu futuro no campeonato.
Enquanto foi mero coadjuvante, enterrado entre os últimos colocados até iniciar a arrebatadora campanha de recuperação, a partir da contratação do técnico Vagner Mancini, não chamou a atenção dos adversários. Porém, desde que firmou os pés no G4 e passou a apresentar futebol de excelência para os padrões atuais do nosso futebol, começou a sentir o peso da responsabilidade.
O Furacão não teve a mesma facilidade nas últimas partidas, tanto que por pouco não cedeu o empate ao Santos, encontrou obstáculos com o Vasco e enroscou no Fluminense, em mais uma noite de gols perdidos pelo atacante Marcelo.
Vanderlei Luxemburgo estudou o adversário e preparou um esquema de jogo para explorar a grave deficiência atleticana na ala-esquerda da defesa duas improvisações durante a partida: Zezinho e Maranhão ao mesmo tempo em que encurtou os espaços para os contra-ataques atleticanos, que se tornaram mortais.
Saiu-se bem o Fluminense, enquanto o Atlético emitiu sinais de que vai precisar resolver o problema do lado esquerdo da zaga, de muito mais criatividade na meia-cancha e melhor aproveitamento nas finalizações.
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