Muitos técnicos treinam um time durante a semana inteira, chamam os repórteres e anunciam a escalação. Mas, quando a equipe entra em campo, a escalação é outra. Às vezes, em diversas posições. Essa transformação é conhecida como "o time da meia-noite". Na conversa com auxiliares e dirigentes, não raras vezes cedendo à pressão da mídia ou das arquibancadas, o técnico muda a escalação na calada da noite.

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Em Copa do Mundo isso também aconteceu. E para o bem do futebol brasileiro. O fenômeno começou na primeira Copa do Mundo vencida pelos brasileiros, em 1958, quando Vicente Feola ini­­ciou a caminhada com uma formação e terminou com outra.

Joel, Dino Sani, Mazzola e Di­­da perderam o lugar para Garrin­­cha, Zito, Vavá e Pelé. Entre os subs­­­­tituídos, apenas o então são-paulino Dino Sani saiu por contusão. Contavam os antigos cronistas que o treinador foi pressionado pelos experientes Didi, Nilton Santos e Bellini na escalação do time da meia-noite. Ainda bem.

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Parreira conseguiu ajustar o meio da seleção do tetra ao trocar Raí por Mazinho, da mesma forma que Felipão no penta, ao substituir Juninho Paulista por Kléberson.

Fica a expectativa em torno de Dunga e a sua paixão por Felipe Melo, espécie de clone do técnico nos seus tempos de volante. Ramires marcou dois gols no último amistoso e produziu muito mais do que Felipe Melo, um jogador duro e que emite sinais de intranquilidade.

Com a pressão da Copa do Mundo e as observações críticas que vem recebendo, Felipe Melo terá os nervos testados até as últimas consequências. Ou será que Dunga despertará à meia-noite?

EFABULATIVO: Como a Fifa apresentou a controvertida bola Jabulani para homenagear os africanos neste Mundial, Joãozinho, ferrenho torcedor do Paraná, sugeriu para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o lançamento da bola Jabiraca. Em homenagem a sua sogra.

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