As opiniões sobre a seleção brasileira se dividiram depois da goleada sobre a fraca Tanzânia, o que não deixa de ser um primeiro passo, porque antes a confiança do torcedor andava em baixa.

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Claro que a torcida age e reage de maneira emocional, mas é incompreensível que muitos setores da crônica esportiva se manifestem da mesma forma.

Pelo menos os profissionais deveriam conter suas preferências por jogadores não convocados, reconhecendo a escassez de craques no momento, relevar a irritação de Dunga com o assédio da mídia e compreender a atual seleção como uma equipe menos brilhante, porém em condições de ir longe na Copa.

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O Brasil está com jeito de seguir o consagrado modelo da Itália em Mundiais: joga na defesa e com futebol sem brilho, mas tem quatro canecos na sacola.

Pela fartura de grandes jogadores no passado e o chamado futebol-arte, que se tornou sinônimo da seleção brasileira, não temos a cultura de aceitar um time competitivo e menos virtuoso.

Até agora a seleção não animou, mas deu a impressão de que existe alguma alternativa depois que Daniel Alves e Ramires injetaram vida nova ao meio de campo que se arrastava com Felipe Melo e Elano.

Dunga mantém-se agarrado aos seus princípios, mesmo desafiado por muitos que gostariam de ver uma boa dose de talento no time.

De qualquer forma, o esboço foi apresentado e as mudanças indicadas durante os jogos serão aquelas que verificamos no último amistoso antes da estreia. A não ser que a bruxa, que anda solta pela África, ataque novamente.

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Credenciais

Ao contrário de copas passadas, muitas equipes mostraram suas credenciais nos amistosos preparatórios, com destaque à bonita goleada da Espanha sobre a Polônia, em Murcia.

Mesmo com Cristiano Ro­­­naldo poupado, Portugal surge com força, talvez um pouco abaixo de Inglaterra e Holanda, que prometem surpreender. Os bichos-papões Itália e Ale­­­manha estão em baixa tanto quanto a França, que se classificou na bacia das almas e com gol roubado. A Espanha está voando e a Argentina tem falado mais do que apresentado bom rendimento em campo.