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O Barcelona passeou em campo na final do Mundial de Clubes e goleou o River Plate, confirmando a absoluta superioridade do futebol europeu sobre o sul-americano os últimos anos.

Vale a pena lembrar que os recentes triunfos mundiais de São Paulo, Internacional e Corinthians foram acidentais. Para não dizer injustos, já que os três levaram banhos de bola de Liverpool, Barcelona e Chelsea, respectivamente. Nas três finais, não por acaso, os heróis foram os goleiros Rogério Ceni, Clemer e Cássio.

Ontem o River Plate simplesmente não resistiu ao volume de jogo e a arte de praticar futebol dos jogadores do Barcelona. Foi de três, mas poderia ser de seis se Neymar em vez de insistir em marcar o seu, tivesse passado a bola para Messi ou Suárez em melhores condições para o arremate.

O repertório ultrapassado do futebol sul-americano precisa ser revisto. É impressionante como a política do nosso continente tem a mesma cara do futebol. Sorte da Argentina que dispensou o populismo delirante e elegeu um presidente com ideias renovadoras e arejadas.

Os repertórios constituem um conjunto articulado de conhecimentos e de práticas, selecionados pela experiência, que se tornam dominantes quando amplamente compartilhados e executados por jogadores talentosos.

O repertório ultrapassado do futebol sul-americano precisa

ser revisto.

Carneiro Neto

Como os nossos melhores craques foram embora, consequência óbvia das crises econômicas que assolam os países sul-americanos que insistem em praticar políticas socialistas em regimes capitalistas, naturalmente os times se enfraqueceram e não têm como acompanhar o desenvolvimento técnico dos europeus.

No Brasil, essa patologia particular que se manifesta na dificuldade de abandonar surrados repertórios demagógicos acompanhada de pesada carga de corrupção em todos os níveis, impede que a economia se estabilize. Sem equilíbrio econômico não há negócio que consiga manter padrão de crescimento. E o futebol, definitivamente, virou um negócio altamente rentável.

O Barcelona é uma empresa, tanto quanto os demais clubes que comandam as emoções no Velho Continente. E os tigres asiáticos estão entrando forte no mercado futebolístico como resultante do sucesso econômico da região.

O Barcelona criou um repertório de jogar copiado e imitado, mas difícil de ser igualado.

O futebol, como se sabe, vive de ciclos. Tivemos o grande Santos no passado, os campeões italianos, ingleses e o Real Madrid de todos os tempos, mas o Barça tem sido a marca da genialidade nos últimos dez anos. Foram quatro finais e três conquistas com apresentações inesquecíveis. Decididamente, eles criaram um repertório novo e, isso, em geral, nos desconcerta.

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