O fim da temporada passada serviu para acender o sinal de alerta no futebol bra­­sileiro.

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Apesar de o Internacional ter conquistado o título da Libertadores e o Santos ter se consagrado como o melhor time do ano com as revelações Ganso e Neymar, o saldo foi bem fraquinho para as pretensões dos clubes e os sonhos dos torcedores.

O fato mais desagradável, sem qualquer sombra de dúvida, foi o fiasco da seleção de Dunga na Copa do Mundo, quando caiu diante da Holanda em jogo que se desenhou favorável aos brasileiros no primeiro tempo. Vencendo por 1 a 0 e desperdiçando chances para ampliar o escore, o ti­­me desmoronou na etapa complementar com uma falha do goleiro Júlio César, a expulsão de Felipe Melo e o baixo rendimento de Ka­­ká, Robinho e outros que pro­­meteram grandes performances.

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Com menor intensidade, mas altamente vexatória, foi a eliminação do Internacional no Mundial de Clubes. Os gaúchos despediram-se do Beira-Rio com ares de campeões e acabaram despachados pelo "Todo Poderoso" Ma­­zem­­be, do Congo. A façanha fez o Colorado entrar para a história como o primeiro time sul-americano a não chegar à final da competição em 50 anos de disputa.

Os campeonatos estaduais foram fracos, como sempre, apenas com um ou outro clássico que conseguiu lotar os estádios e mexer com o povo pela rivalidade entre as torcidas. O Campeonato Bra­­sileiro arrastou-se com péssimas arbitragens, jogos ruins e poucos jogadores que mereceram destaque. Ficou até difícil escolher os melhores do ano e o craque acabou sendo um argentino: Conca, do Fluminense.

Espero que 2011 seja bem melhor. Afinal, como dizia o estadista inglês Winston Chur­­chill "o pessimista vê dificuldade em cada oportunidade e o otimista vê oportunidade em cada dificuldade". Sejamos otimistas, portanto.

Estou tão otimista que até retornei às transmissões esportivas, agora pelas ondas da Rádio 98. Como primeira atração, teremos o Campeonato Pa­­ra­­naense, sempre esvaziado antes de começar pela falta de imaginação da Federação e dos clubes, que não sabem promovê-lo.

Com disposição para sempre ver o lado bom das situações mais difíceis observo no Cam­­peonato Paranaense a oportunidade para os grandes times – aqueles que possuem calendários nacionais e, no caso do Atlético, também internacional – ajustar as suas equipes, dirimir dúvidas e, sobretudo, reunir condições para a realização de boas campanhas.

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Também devemos driblar o pessimismo e engolir as razões políticas dos cartolas da CBF e das federações que encurtam o período de pré-temporada para a realização dos seus festivos e deficitários campeonatos estaduais. Paciência. Os preparadores físicos terão de operar prodígios e, obviamente, muitas equipes começarão jogando com reservas e juniores para completar a escalação.