Com 94 anos de existência, o Campeonato Paranaense foi durante muito tempo a nossa única atração.
Conheceu o apogeu nas décadas de 1940 e 1950, sofreu uma queda, mas recuperou-se com a revolução de Jofre Cabral e Silva no Atlético, em 1968. Com Bellini, Djalma Santos, Dorval, Zé Roberto, Nilson e outros craques, o futebol paranaense entrou, efetivamente, no profissionalismo.
Mais organizado e com o melhor estádio, o Coritiba aproveitou-se e disparou, conquistando 10 títulos em 12 anos foi a época de ouro do presidente Evangelino Neves.
O Atlético recuperou o fôlego nos anos 1980 e o Pinheiros surgiu como novidade.
Nos anos 1990 reinou o Paraná, resultado da fusão entre Colorado e Pinheiros, perdendo terreno na década passada para a dupla Atletiba, que se revezou no pódio na maioria das vezes.
Houve destaques como o Operário, de Ponta Grossa, vice-campeão mais de 15 vezes no tempo em que os times da capital decidiam o título com o melhor do interior.
Também brilharam o Rio Branco e o Seleto, de Paranaguá; o Iraty; o Guarani de Ponta Grossa e os nortistas Esportiva, de Jacarezinho; Cambaraense; Monte Alegre; Comercial de Cornélio Procópio, Londrina e Grêmio Maringá.
Recentemente, a surpresa foi o Paranavaí, o último campeão do interior que derrubou a capital.
Divididos entre os torneios nacionais e, de vez em quando, com as participações de nossas equipes em competições internacionais, o torcedor paranaense tem dispensado menor interesse ao agitado campeonato estadual.
Alceu Zauer
Alceu Zauer foi um nobre jogando futebol.
Esta é a opinião unânime de todos aqueles que viram o volante em ação durante os 13 anos em que ele envergou a camisa encarnada do Ferroviário.
Juvenil do Coritiba com a estirpe de uma família de craques: os Fontana.
Sua mãe teve como irmãos três grandes goleiros do futebol paranaense: Rei, Príncipe e Imperador. José Fontana, o célebre Rei, iniciou a dinastia na década de 1930 como goleiro do Coritiba, do Vasco da Gama e da seleção brasileira. Viveu com a cantora Araci de Almeida, foi ídolo e frequentou o Cassino da Urca no auge do Rio de Janeiro.
Orlando Fontana, o Príncipe, começou no Coritiba e jogou no Botafogo do Rio de Janeiro, e Alberto Fontana, o Imperador, atuou no Guarani, Palestra e Rio Branco. Por isso mesmo, Alceu recebeu o apelido de Conde.
Jogou o fino da bola, defendendo o Ferroviário de 1949 até pendurar as chuteiras em 1962. Veio em seguida o irmão Juarez Zauer, também volante, que integrou o time Boca-Negra bicampeão paranaense em 1966.
Sábado passado Alceu Zauer nos deixou.
Morreu o homem, ficou o exemplo de disciplina, técnica e correção. Nobre ao tocar na bola e nobre no trato com as pessoas. Um príncipe. Ou um Conde, como diziam seus antigos companheiros do famoso time da Vila Capanema.
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