Com uma carreira relativamente curta, mas de grande sucesso, Ney Franco recebeu o prêmio de integrar a comissão técnica da seleção brasileira.
O técnico de 44 anos de idade e com respeitável folha de serviços prestados ao futebol mineiro, carioca e paranaense, iniciará como responsável pela seleção sub-20 na campanha de classificação para os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.
Será a oportunidade de demonstrar não só conhecimentos, mas autoridade e liderança tendo em vista o clima que se criou na juventude futebolística nacional à partir dos incidentes provocados por Neymar, do Santos.
Ney Franco sabe que será um prêmio, mas, ao mesmo tempo, um teste para a sua capacidade de orientar jovens talentos endinheirados, porém com educação rala.
O atual técnico do Coritiba começará a trabalhar na base da seleção brasileira consciente de que é ali que se legitima o time do futuro. Uma espécie de forno onde se cozinha a história das novas conquistas.
Regulamento
Ainda não foi desta vez que os clubes e a Federação conseguiram apresentar regulamento irretocável para o Campeonato Paranaense. Faltou pouco, pois tudo foi medido e pesado com cuidado até que a impressão digital de algum "sábio" foi notada no capítulo final: a decisão do título por pênaltis em vez do saldo de gols na eventualidade de desempate.
O argumento apresentado não esvaziar o segundo jogo em caso de goleada no primeiro carece de fundamento lógico na medida em que o nosso futebol não possui nenhum estádio com capacidade para abrigar duas grandes torcidas, tornando clássicos e decisões praticamente jogos apenas do mandante.
Mas, pelo menos, ficamos livres do escalafobético supermando.
Times fortes
Pelo andar da carruagem do campeonato, os times mais fortes e aplicados estão levando nítida vantagem sobre os que foram formados emocionalmente ou por pressão das torcidas organizadas.
Só isso explica as campanhas irregulares de Palmeiras, Atlético Mineiro, São Paulo, e mesmo do esvaziado Santos, que promoveram contratações de grife.
O Fluminense vem se mantendo entre os primeiros, mas também andou exagerando na dose de jogadores famosos em vez de formar uma equipe compacta na defesa e decisiva no ataque. Como tem jogado sem diversos titulares, merece mais tempo para melhor avaliação.
Corinthians, Cruzeiro, Botafogo, Internacional e Atlético montaram times altamente competitivos. O Corinthians é o mais equilibrado e Ronaldo, sua grande grife, não joga, fazendo apenas "participações especiais".
O Furacão poderia dispor de maior poder de fogo se em vez dos gringos tivesse contratado Washington e Marcelinho Paraíba.
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