Para quem passou o primeiro turno fazendo experiências, queimando cartuchos e perdendo pontos a granel, a vitória com boa apresentação contra a Chapecoense pode significar um recomeço.
Antes de a bola rolar, uma criativa e oportuna manifestação da torcida do Coritiba, que atrasou o início da partida: um banner com a imagem do árbitro Wagner Reway -- aquele que marcou os dois pênaltis duvidosos no Maracanã -- vestido com a camisa do Flamengo. No campo, o juiz só autorizou o início do jogo depois da retirada da faixa que representou um protesto válido, expondo as mazelas do apito nacional. O mais preocupante é que a comissão de arbitragem da CBF continua exercendo o chamado "espírito de corpo" com extrema dedicação e ninguém recebe a punição que merece pelos graves erros cometidos na interpretação das regras do futebol.
Marquinhos Santos tem mostrado, na prática, que é mais moderno e se comunica melhor com os jogadores do que o antecessor Celso Roth. Está aí a mudança de postura da equipe, que também contou com a felicidade do primeiro gol assinalado logo no começo. Martinuccio fez o seu e Joel o dele, gols que podem representar confiança para melhorar o rendimento na sequência da árdua campanha que o Coxa terá de cumprir até conseguir distanciar-se do fantasma do rebaixamento.
Recomposição
Se Claudinei Oliveira, ou outro treinador do seu nível, tivesse assumido o cargo em janeiro no lugar do espanhol Miguel Ángel Portugal, que fracassou de maneira retumbante na Libertadores e na largada do Brasileiro, o desempenho do Atlético não seria tão decepcionante nesta temporada.
Como não adianta chorar pelo leite derramado e os cartolas não admitem que mudar o comando técnico pela quinta vez em apenas 20 partidas do campeonato representa absoluta falta de planejamento estratégico no departamento de futebol, o novo treinador está tentando recompor o time. Não será tarefa fácil, entretanto, pelo que se viu em termos táticos e de correção de posicionamentos na apresentação frente ao Grêmio, Claudinei está no caminho certo. É preciso dar-lhe tempo para recolocar tantas coisas erradas no lugar certo para que o Furacão reaja o quanto antes.
Recondução
Ricardinho diz que foi não convidado, mas sim convocado pelo Paraná, o seu time de coração. Porém, esta contida nessa recondução a liderança do elenco tricolor e a responsabilidade de mantê-lo sob controle, mesmo diante de todas as dificuldades que caracterizam o dia-a-dia na Vila Capanema.
Ricardinho é suficientemente experiente para identificar os problemas que inibem o deslanche da equipe na busca de melhor posição na Série B e sabe o quanto representará um triunfo, amanhã, no confronto com o Santa Cruz.
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