O Coritiba encontra-se na última colocação do campeonato, mas a sua torcida não deve se preocupar, afinal o jogo de ontem foi bem disputado e da mesma forma que o time perdeu poderia ter vencido.

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Houve absoluta igualdade de forças, com muita disposição de todos, planejamentos estratégicos elaborados com lucidez e inúmeras oportunidades criadas para a marcação de gols com prontas intervenções dos arqueiros Vanderlei e Renan.

Como o Coxa está disputando o título da Copa do Brasil é natural que o elenco esteja emocionalmente dividido e, mesmo de maneira inconsciente, alguns jogadores acabam valorizando mais a competição que esta na reta final, do que o Campeonato Brasileiro, que é mais longo e com tempo suficiente para a recuperação.

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Foi uma partida equilibrada, durante a qual os times alternaram ritmos e procedimentos que engrandeceram o espetáculo, resgatando um pouco o verdadeiro futebol brasileiro, desprezado durante os fraquíssimos campeonatos estaduais recentemente encerrados.

A começar pela arbitragem de primeira e as equipes bem montadas pelos técnicos Marcelo e Oswaldo, ambos Oliveira.

Marcelo, mesmo jogando em casa, mais contido; Oswaldo mais ousado, e a bola correu solta com boas atuações de Sergio Manoel e Lincoln pelo lado coxa-branca e Renato comandando as ações pelo lado alvinegro. Esse volante Sergio Manoel é mais um exemplo de como a diretoria do Coritiba sabe pesquisar e investir em jogadores eficientes, pois ele entrou como uma luva no time. Contratar é uma arte para poucos, pois de nada adianta reunir magotes de jogadores medianos se poucos são aqueles que resolvem a parada.

A maior dificuldade do Coxa é o ajuste do ataque, apesar da habilidade de Everton Ribeiro e o esforço de Roberto. Continua faltando alguém para definir na hora da verdade.

O Botafogo foi consistente na zaga, mesmo desfalcada, e dos cinco gols do jogo merecem destaque pela bela feitura dois dos cariocas e um dos paranaenses: a virada, quando Márcio Azevedo ganhou a dividida e cruzou para Vitor Junior e o da vitória na boa trama de contra ataque culminando com o gol de Lucas.

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No tento de igualdade do Coritiba a articulação foi de dois zagueiros que se aproveitaram da bola alta na cobrança de escanteio e conferiram: Demérson e Lucas Mendes.

Prestem atenção no jovem Vitor Junior, um atacante rápido, altamente qualificado e que sabe o que faz com a bola.

No gol da vitória prevaleceu a organização do ataque botafoguense sobre a desarrumação da zaga coxa-branca.

Pela entrega física dos jogadores e pela intensidade da disputa, tornou-se praticamente impossível a reação do Coritiba na busca de novo empate, cabendo ao Botafogo a tarefa de conter o ímpeto do adversário e administrar com inteligência um triunfo que teve o sabor de revanche diante do massacre sofrido no ano passado no Alto da Glória.

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