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O que até algumas rodadas atrás parecia apenas uma possibilidade, tornou-se fato real: a queda dos três times da capital.

A bruxa – ou seria o Diabo? – anda à solta nos jogos de Atlético e Coritiba na Série A e do Paraná, na Série B, indicando que as suas respectivas torcidas vão sofrer até a última gota de suor dos jogadores no último minuto do último jogo da 38.ª rodada.

Se acontecer a catástrofe, não representará exatamente uma novidade, afinal, já convivemos com isso quando o Paraná iniciava a sua trajetória até chegar a Primeira Divisão na condição de campeão da Segunda Divisão, acontecendo o mesmo com o Atlético, em 1995, ano que também resgatou o Coritiba para a principal vitrine do futebol brasileiro. Sim, chegamos a contar com os três na linha de frente, mas, pelo acúmulo de erros, eles correm o risco real do rebaixamento triplo.

No momento é o Coritiba aquele que emite sinais de recuperação no plano tático e técnico – resultado do bom trabalho desenvolvido pelo nem sempre reconhecido e acatado Marquinhos Santos, com números muito mais confortáveis do que os de Celso Roth. Mas como sofre do mesmo mal que abate o Atlético, de não somar pontos jogando fora de casa, o Coxa continua flertando com a zona de rebaixamento.

O Furacão não contratou todas as peças necessárias e reclamadas há meses – apenas o zagueiro Gustavo chegou e ajudou a melhorar o debilitado setor defensivo – e assistiu a decadência técnica de jogadores que vinham rendendo bem antes da Copa, como os alas Sueliton e Natanael, o meia Marcos Guilherme e os atacantes Marcelo e Douglas Coutinho. A única explicação é a deterioração do ambiente provocada pela insana troca de treinadores e o mau relacionamento da diretoria com alguns atletas com pendências contratuais que refletiram no elenco.

O Paraná, quando não sofre as consequências dos atrasos salariais, perde jogadores importantes que trocam de time ou enrosca jogando na Vila Capanema, palco onde tradicionalmente colhia resultados satisfatórios.

Rodada

Seguindo o seu calvário nesta temporada a trinca curitibana tentará melhorar o panorama diante de adversários de médio porte, exatamente do mesmo tamanho dos nossos representantes no plano nacional.

O Paraná visitará o Luverdense sabendo que, diante da sua limitação técnica, as coisas serão resolvidas mesmo nas partidas em casa.

O Coritiba vai encarar o Goiás, no Serra Dourada, com a proposta de surpreender e quebrar o encanto de não vencer na condição de visitante. Um dia terá de acontecer.

O Atlético fará duas partidas na Arena da Baixada precisando vencer – Figueirense e Flamengo –, pois se não conseguir a torcida pode perder a paciência com o mau desempenho da equipe e exigir mudanças do presidente ao ponta esquerda.

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