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A essa altura do campeonato, a torcida paranaense – se é que existe essa entidade acima das paixões pelos clubes – pode concentrar suas atenções e seus fluídos no tradicional alviverde do Alto da Glória.

Não tem para ninguém e o Cori­­tiba está com a sacola cheia de gols, vitórias, recordes e um novo título invicto que se aproxima.

A cada rodada aumenta a diferença do líder sobre os concorrentes, que estão como estiveram desde o inicio do campeonato: caindo pelas tabelas e entregando de bandeja o título à equipe coxa-branca.

Demonstrando pragmatismo em meio à verdadeira catástrofe que se abateu sobre o clube com o rebaixamento e a destruição de parte do seu estádio, a nova diretoria do Cori­­tiba fez o que parece tão difícil aos rivais: manteve o técnico Ney Franco e a base do elenco. Em alguns clubes, por muito menos, técnicos e jogadores são rifados no meio da noite.

Os dirigentes reconheceram o mérito do trabalho desenvolvido e não se deixaram levar por solavancos emocionais que atrapalham e queimam profissionais competentes.

Os jogadores se uniram de tal forma que o Coxa retornou campeão à Primeira Divisão e, com apenas quatro reforços, disparou no Campeo­­nato Paranaense.

O equilíbrio dos dirigentes contagiou os jogadores, que se sentem seguros a ponto de sempre oferecer uma gotinha de suor a mais para coroar novo triunfo.

Foi assim sábado, quando a equipe construiu o escore de 4 a 0 e passeou em campo, permitindo que o adversário diminuísse um pouco o tamanho da goleada.

Anderson Aquino, que não se firmou no Atlético e teve rápida passagem pelo Paraná, transformou-se em goleador no Coritiba. Marcou dois em Irati, e Davi, que começou no Paraná e consagra-se no Coritiba, fez os outros dois gols que consolidaram o novo recorde de rodadas seguidas sem derrota.

Derrocada

Operário e Paraná facilitaram ainda mais as coisas para o Coritiba afastando-se do líder com derrotas inesperadas.

Em Ponta Grossa, com a defesa mal posicionada, o Fantasma permitiu que o Apucarana virasse o placar e, em Paranavaí, desfalcado na defesa, o Paraná não resistiu e foi goleado, voltando à zona de rebaixamento.

Na Arena, o Atlético venceu o Cascavel, mas voltou a mos­­trar deficiências individuais que inibem o imprescindível entrosamento e, consequentemente, futebol de melhor qualidade técnica.

Foi comovente observar a improdutividade de jogadores caros como Guerrón, Kléberson e Robston que não conseguem responder à altura das notórias carências técnicas do time rubro-negro.

Menos mal que o recém-contratado Adaílton tenha feito boa jogada e assinalado o gol que garantiu o triunfo sobre o lanterninha do campeonato.

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