Ao contrário das promessas de que os grandes eventos esportivos dariam impulso à economia brasileira, cresce a sensação de que vai dar zebra e nem a Copa deve ajudar o PIB. Mesmo com a intensa movimentação em torno das seleções, dos turistas e, sobretudo, das obras em andamento para o megaevento, a já fraca atividade econômica indica sinais de desaceleração nos primeiros meses do ano.
O fenômeno não é causado apenas pela confusa administração do governo federal, pois levantamento promovido por entidades especializadas mostra que, nas últimas três décadas, três países que sediaram o Mundial de futebol tiveram desaceleração da economia no ano da Copa: México, em 1986; Itália, em 1990; e Japão, em 2002. Pelas previsões cada vez mais pessimistas, tudo indica que o Brasil corre o sério risco de completar o time de países na retranca em tempos de Mundial.
Mas se o PIB vai mal, espera-se que o time nacional chegue bem na campanha para conquistar o hexa. Mesmo sem se mostrar na retranca, o técnico Luiz Felipe Scolari demonstrou preocupação com o estado físico de alguns jogadores, com destaque ao avante Fred, e com o momento técnico de outros, como Lucas, Alexandre Pato e Leandro Damião. E Felipão deve mesmo ficar com uma pulga atrás da orelha, pois todos os jogadores citados são atacantes e foram por ele convocados algumas vezes.
Se na meta ele insiste com Júlio César, completamente fora de forma por não jogar no Queens Park enquanto Jefferson arrebenta no Botafogo tanto quanto Weverton no Atlético, a zaga esta definida com Thiago Silva e David Luiz, já que o treinador abriu mão de jogar com três zagueiros. Existem dúvidas na convocação definitiva dos alas, mas os titulares devem ser os experientes Daniel Alves e Marcelo, ao mesmo tempo em que a estrutura do meio de campo está formada com Luiz Gustavo, Paulinho, William e Oscar. Todos se encontram em padrão de atuação elevado, com destaque a William, que tem jogado uma bola de primeira categoria no Chelsea.
O drama de Felipão está no ataque, onde apenas Neymar tem escalação garantida e Fred tem se constituído em dúvida constante no Fluminense. Todos os demais estão em observação, inclusive o neoatleticano Adriano, que se conseguir voltar a jogar em nível de excelência é superior a todos os demais que já passaram pela seleção nos últimos anos.
Só que jogar apenas na Libertadores não basta para o Imperador chamar a atenção do selecionador nacional. A meu ver, ele teria de jogar algumas partidas do Estadual para ganhar ritmo e tentar marcar gols para readquirir a confiança de artilheiro, o faro de gol e, é claro, atrair a mídia para o seu lado.
Outra esperança seria Alexandro Pato reencontrar a alegria de jogar no São Paulo, o que parece pouco provável. Será mais fácil Jadson arrumar a meia-cancha do Corinthians.
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